A prefeitura de Goiânia planeja relançar o processo de licitação visando a terceirização dos serviços de limpeza na cidade.
A Prefeitura tem a intenção de transferir para empresas privadas a responsabilidade pela coleta de lixo, a administração do aterro sanitário e a remoção de entulhos. O Presidente da Comurg alega que o contrato atual está com um déficit.
A Prefeitura de Goiânia está revisando o edital de licitação com o objetivo de terceirizar os serviços de coleta de lixo, administração do aterro sanitário, remoção de entulhos e incluirá também a varrição mecanizada. Atualmente, esses serviços são realizados pela Companhia Municipal de Urbanização de Goiânia (Comurg). O processo licitatório foi suspenso em maio pelo Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO) e ainda não possui uma data para ser retomado.
O Presidente da Comurg, Alisson Borges, defende a terceirização, especialmente no que diz respeito à coleta de resíduos, argumentando que a companhia não possui a expertise necessária e nem condições financeiras para continuar realizando esses serviços. Ele fez essa afirmação em uma entrevista ao Jornal O Popular, publicada na edição desta terça-feira (12), a primeira após o relatório da Comissão Especial de Inquérito (CEI) na Câmara dos Vereadores, que investigou alegadas irregularidades na organização. Borges também apontou que a empresa possui uma dívida total de R$ 1,5 bilhão.
A reportagem procurou a Comurg e a Prefeitura para obter informações sobre quando o edital será publicado e quais modificações serão feitas, mas até o fechamento desta matéria, não obteve resposta. Também tentou entrar em contato com o TCM-GO para saber mais sobre as discussões em andamento para a adequação do processo licitatório, mas não recebeu retorno.
É importante lembrar que, durante a suspensão do processo licitatório, foram identificados casos de superfaturamento em um dos itens da licitação, com um valor estimado de R$ 520,9 milhões, e elementos que prejudicariam a competição justa. Inicialmente, a previsão era concluir a terceirização até setembro deste ano.