14 de fevereiro de 2025
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Polícia Civil desmantela quadrilha que usava falsa central bancária para aplicar golpes em cinco estados

Grupo fraudava vítimas com ligações e mensagens falsas; prejuízo em Goiás chega a R$ 200 mil.
Organização criminosa era especializada em enganar as vítimas se passando por representantes de instituições financeiras (Divulgação/PCGO)

A Polícia Civil de Goiás, em uma ação coordenada pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC), deflagrou nesta quinta-feira (21) a Operação Falsa Central, que desmantelou uma organização criminosa especializada em golpes bancários. O grupo, que atuava em Goiás e mais quatro estados – São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Pernambuco –, causou um prejuízo de R$ 200 mil a 27 vítimas goianas.

Como os golpes eram aplicados?

A quadrilha criou uma estrutura para simular centrais de atendimento de instituições financeiras, utilizando tecnologia para fazer chamadas e enviar mensagens que pareciam autênticas. Por meio dessas interações, eles induziam as vítimas a fornecerem dados confidenciais, como senhas e informações bancárias.

Com os dados obtidos, os criminosos realizavam transferências fraudulentas e movimentavam os valores em contas laranjas, dificultando o rastreamento. As vítimas, em sua maioria, eram correntistas de bancos, que acreditavam estar em contato direto com as instituições.

A operação

A Operação Falsa Central mobilizou equipes policiais em cinco estados. Ao todo, 95 mandados judiciais foram expedidos, incluindo:

  • 37 mandados de prisão temporária;
  • 58 mandados de busca e apreensão domiciliar.

As buscas se concentraram nas cidades de Fortaleza (CE), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e municípios do interior goiano.

A ação conjunta envolveu o apoio de unidades das Polícias Civis dos estados mencionados, que auxiliaram no cumprimento das ordens judiciais.

Investigação e crimes envolvidos

As investigações apontam que o esquema tinha um alto grau de organização e hierarquia. Entre os alvos estão técnicos de informática, responsáveis por desenvolver os sistemas de chamadas, e articuladores financeiros, que gerenciavam as contas para onde os valores desviados eram transferidos.

Os suspeitos devem responder pelos seguintes crimes:

  • Fraude eletrônica;
  • Associação criminosa;
  • Lavagem de dinheiro.

Declaração das autoridades

O delegado responsável pelo caso, Rilmo Braga, destacou a complexidade da operação. “Essa quadrilha usava métodos sofisticados para simular centrais legítimas. Com isso, conseguiram enganar dezenas de pessoas e movimentar grandes quantias de dinheiro de forma fraudulenta. A ação de hoje é um passo importante para responsabilizar os envolvidos e proteger futuros alvos dessas práticas”, afirmou.

Prevenção e alerta às vítimas

A Polícia Civil reforça que os bancos jamais solicitam senhas ou dados pessoais por telefone ou mensagens. Caso receba uma ligação suspeita, o cliente deve interromper o contato imediatamente e procurar a agência bancária ou os canais oficiais da instituição.

Os cidadãos que identificarem movimentações financeiras irregulares devem registrar um boletim de ocorrência o mais rápido possível.

A operação segue em andamento para identificar outros membros da organização criminosa e recuperar parte dos valores desviados. A colaboração entre estados tem sido essencial para o sucesso da ação e a desarticulação completa do grupo.

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