Projeto START leva robótica e inclusão social ao Festival Estação da Inovação 2025
Projeto desenvolvido pelo IFG em parceria com a Secretaria de Ciência e Tecnologia de Goiás democratiza o acesso à educação tecnológica, promovendo cidadania digital para jovens em situação de vulnerabilidade
Em meio às discussões sobre inteligência artificial, cidades inteligentes e transformação digital, uma das iniciativas mais relevantes em formação tecnológica no Estado de Goiás terá protagonismo no encerramento do Festival Estação da Inovação 2025, no próximo sábado (9), no Hub Goiás. Trata-se do programa START — Seguir Transformando Através da Robótica e outras Tecnologias, executado pelo Instituto Federal de Goiás (IFG) em parceria com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado (Secti).
Muito além de um projeto educacional, o START representa uma política pública de inclusão e cidadania digital, voltada a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. O programa atualmente alcança mais de 3.500 estudantes, com atuação em 24 laboratórios distribuídos em 22 municípios goianos, e busca preparar a juventude para os desafios do século XXI por meio da robótica, eletrônica e pensamento computacional.
No evento, os estudantes do polo de Goiânia apresentarão os resultados de seus trabalhos com exposições de protótipos, maquetes funcionais e projetos desenvolvidos nas aulas. A partir das 10h, o público poderá interagir com as criações, que abordam soluções para problemas urbanos, como parte do conteúdo de cidades inteligentes e sustentabilidade urbana.
Oficinas interativas e minicursos gratuitos
Uma das atrações mais esperadas serão os minicursos gratuitos de montagem de circuitos eletrônicos, conduzidos pelos próprios alunos do programa com o apoio de professores. As oficinas acontecerão em três horários (11h, 13h e 15h), com duração de uma hora, e têm como proposta oferecer uma introdução prática e acessível à eletrônica, possibilitando que qualquer visitante monte e leve para casa um circuito funcional.
A ação pedagógica tem como princípio a metodologia “aprender fazendo”, reforçando a autonomia dos participantes, ao mesmo tempo em que amplia o protagonismo juvenil na mediação do conhecimento. A proposta também estimula o envolvimento do público em geral com temas considerados, até pouco tempo, restritos a especialistas.
Foco em diversidade e equidade de acesso
Outro diferencial do programa START é sua política de equidade. Metade das vagas oferecidas são destinadas a meninas, um esforço deliberado para reduzir as desigualdades de gênero nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM). Essa estratégia visa corrigir distorções históricas e incentivar a participação feminina em setores estratégicos para o desenvolvimento nacional.
A proposta também vai ao encontro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente no que diz respeito à educação de qualidade, redução das desigualdades e promoção da inovação.
Festival como espaço de conexão
O Festival Estação da Inovação 2025, promovido pela Secti e pelo Hub Goiás, acontece de 7 a 9 de agosto sob o tema “Futuro em Movimento: Inovação que Transforma Negócios, Cidades e Pessoas”. A programação contempla batalhas de startups, palestras sobre inteligência artificial e blockchain, realidade virtual, exposições de protótipos e uma série de atividades culturais.
Mais de 130 estudantes do programa START participarão da programação oficial, tendo acesso a diferentes experiências tecnológicas e possibilidades de conexão com empreendedores, desenvolvedores e pesquisadores. Essa vivência se soma ao propósito formativo do programa: não apenas ensinar tecnologia, mas oferecer horizontes de futuro a uma geração muitas vezes privada de oportunidades.
Inovação com responsabilidade social
Em um cenário em que a transformação digital redefine a economia, o trabalho e as relações sociais, o START representa uma inflexão estratégica: uma inovação comprometida com o desenvolvimento humano e a justiça social. Ao capacitar jovens de comunidades periféricas com habilidades técnicas e visão de mundo, o programa se consolida como exemplo de como políticas públicas podem usar a tecnologia não como fim, mas como meio de emancipação.
Com um modelo replicável e comprovado impacto social, o START reafirma que o futuro da inovação passa, necessariamente, pela inclusão.
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