12 de novembro de 2024
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A morte de um ajudante de pedreiro em Aparecida de Goiânia resultou na interdição de 10 pontos de ônibus.

Dez pontos de ônibus foram interditados pela Defesa Civil de Aparecida de Goiânia na tarde de quinta-feira (9), depois que as estruturas apresentaram risco de queda, assim como o ponto de ônibus que desabou sobre o ajudante de pedreiro Wellington Oliveira na quarta-feira (8), causando sua morte. Para alertar os pedestres, faixas zebradas em azul e amarelo foram usadas para indicar os pontos interditados que corriam risco de desmoronamento. Um ponto de ônibus na Rua Juritis, no setor Morada dos Pássaros, que tem algumas rachaduras, não foi interditado porque a Defesa Civil não encontrou riscos. No entanto, uma moradora da região discorda e afirma que o ponto deveria ser removido, uma vez que é utilizado por pessoas que frequentam uma distribuidora local, representando um risco para a população.

Segundo a Defesa Civil de Aparecida, os 10 pontos de ônibus interditados foram uma medida de alerta para a população, porém, já foi enviado um relatório para a Secretaria de Infraestrutura e Obras solicitando a substituição das estruturas com problemas de infraestrutura em 2022. O relatório inclui todas as estações que apresentaram problemas, cerca de 80 no total. Além disso, um novo documento atualizado está sendo elaborado com novas avaliações. A Polícia Civil ouviu testemunhas e abriu um inquérito para investigar se houve homicídio culposo na morte de Wellington Oliveira.

Câmeras de segurança registraram o momento em que Wellington Oliveira, de 27 anos, foi esmagado pelo desabamento do ponto de ônibus em Aparecida de Goiânia. O incidente ocorreu na última quarta-feira (8) e nas imagens é possível ver quando a estrutura começa a ceder enquanto a vítima e um colega saem do carro. Oliveira tentou segurar o ponto de ônibus, mas não conseguiu suportar o peso da estrutura, que pesa cerca de uma tonelada. Infelizmente, o ajudante de pedreiro não resistiu aos ferimentos causados pelo acidente.

A deliberação nº 84 de janeiro de 2018 da então Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC) estabelece que a manutenção, reposição e instalação dos pontos de ônibus são de responsabilidade das prefeituras. Na época, o presidente da CDTC era Gustavo Mendanha (Patriota), que foi prefeito de Aparecida de 2017 a 2022. Mendanha defendeu a deliberação e chegou a afirmar que Aparecida seria um exemplo de melhoria no transporte público, com a instalação de pelo menos 100 novos pontos em toda a cidade. A Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) informou em nota que, como órgão gestor, é sua responsabilidade “planejar a sinalização dos pontos e coordenar a instalação desses equipamentos, em atendimento à Política Nacional de Mobilidade Urbana”. A empresa também afirmou que iniciou uma avaliação cuidadosa de todos os abrigos na Região Metropolitana para ajudar as prefeituras a solucionar os problemas estruturais desses equipamentos. A prefeitura de Aparecida expressou seu pesar pela tragédia e se solidarizou com a família da vítima. No entanto, ao contrário do que foi divulgado pela CMTC, a administração pública esclareceu que “o sistema de transporte coletivo na Região Metropolitana é de responsabilidade e operado pelo Consórcio Rede Mob, sob fiscalização da CMTC” e que “esse tipo de abrigo de concreto não foi instalado pela prefeitura.” A prefeitura também informou que a Defesa Civil da cidade inspecionará todos os pontos de ônibus da cidade para avaliar as condições estruturais e solicitará a interdição, manutenção ou substituição de quaisquer pontos de ônibus com problemas para garantir a segurança da população.