Presidente da Faeg afirma que a reutilização de pastagens degradadas na agricultura representa uma alternativa viável à prática de desmatamento.
De acordo com José Mário Schreiner, estima-se que em Goiás existam cerca de 15 milhões de pastagens degradadas, das quais menos da metade está atualmente sendo utilizada pelo setor agropecuário.
José Mário Schreiner, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), destaca a importância do reaproveitamento de pastagens degradadas como alternativa ao desmatamento em uma entrevista ao jornalista Jackson Abrão. Segundo Schreiner, é possível aumentar a produção agropecuária ocupando áreas degradadas, reabilitando pastagens que estão em estado avançado de deterioração, transformando-as em terras produtivas para cultivos como soja e milho.
Ele aponta que o Brasil dispõe de vastas extensões de terra para essa finalidade, e apenas em Goiás estima-se que existam cerca de 15 milhões de pastagens nessas condições, das quais menos da metade é atualmente utilizada pelo setor agropecuário. O conceito de pastagem degradada é definido pela Embrapa como aquela em que o solo perdeu sua capacidade de sustentar o crescimento das plantas forrageiras, devido a fatores como superpastoreio, falta de adubação, cultivo inadequado, queimadas e doenças.
O processo de recuperação dessas áreas de pastagem degradada envolve a aplicação de técnicas agrícolas para revitalizar o solo e estimular o crescimento das plantas, eliminando a necessidade de abrir novas áreas de desmatamento para a expansão da agropecuária.
Schreiner também ressalta o compromisso da Faeg com a preservação ambiental, enfatizando que a entidade assinou um pacto com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente para apoiar a política de ‘desmatamento ilegal zero’. Ele destaca a importância de cumprir o Código Florestal Brasileiro.
Além disso, Schreiner aborda a questão da ocupação de terras, enfatizando que o direito de propriedade é um direito constitucional e que invadir terras é considerado um crime, que deve ser tratado de acordo com a lei. Ele elogia a posição do governador Ronaldo Caiado de garantir o cumprimento da lei e a proteção do direito de propriedade em Goiás.