12 de dezembro de 2024
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Prefeitura de Goiânia cria comitê de enfrentamento para a crise das maternidades.

A crise das maternidades ocorre durante a ausência do prefeito Rogério Cruz (Republicanos), que está na Bahia em visita a familiares.
Rogério Cruz chegou a gravar um vídeo no interior de um carro na segunda-feira à noite, postado em suas redes sociais por faixa etária, mas não explicou que estava fora de Goiânia.

Em Goiânia, a administração municipal tomou medidas para enfrentar a crise nas maternidades, com a formação de um comitê encabeçado pelo estrategista Jorcelino Braga e com a participação ativa da Controladoria-Geral do Município (CGM), evidenciando o fortalecimento desses órgãos. Contudo, a Prefeitura não reconhece uma dívida de aproximadamente R$ 60 milhões alegada pela Fundação Hospital das Clínicas da UFG (Fundahc), responsável pela gestão das unidades de saúde, o que ficou na suspensão de procedimentos eletivos por parte das entidades na semana passada.

Tanto a Prefeitura quanto a fundação apresentam versões distintas sobre o passivo e o diálogo em relação ao tema. Além disso, houve uma mudança de posição por parte da administração municipal em relação ao distrato do convênio com a Fundahc, após ter anunciado previamente essa decisão pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O motivo alegado para essa revogação foi uma falha de comunicação.

Jorcelino Braga, que atua como consultor da Prefeitura há aproximadamente um mês, está coordenando a comissão, enquanto a CGM foi incumbida de analisar o assunto com prioridade. O titular da pasta é Colemar Moura, advogado próximo a Braga, e que assumiu a carga na mesma época em que o estrategista passou a trabalhar para a prefeitura. Importante notar que a crise nas maternidades ocorre no período de ausência do prefeito Rogério Cruz (Republicanos), que se encontra na Bahia visitando familiares.

Crise das maternidades. Foto: (Secom Goiânia)

A comissão responsável por buscar uma solução para o problema é composta pelos secretários de Saúde, Durval Pedroso, executivo da Procuradoria-Geral do Município (PGM), José Carlos Issy, que é particular do prefeito, e Célio Campos, responsável pela Comunicação. Os membros do grupo afirmam que a liderança para dialogar e resolver o impasse partiu do chefe do Executivo.

A Fundação Hospital das Clínicas da UFG (Fundahc) é a entidade encarregada da gestão do Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara, no Conjunto Vera Cruz, do Hospital e Maternidade Dona Iris, na Vila Redenção, e da Maternidade Nascer Cidadão, no Jardim Curitiba. O jornal O POPULAR de Goiânia, divulgou reportagens mostrando que a instituição decidiu suspender cirurgias eletivas e procedimentos não-emergenciais na sexta-feira (21), alegando falta de insumos.

Na segunda-feira (24), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) enviou uma nota informando que, em reunião solicitada naquele dia, foi à fundação o distrato do convênio de gestão das maternidades Célia Câmara e Dona Iris. Contudo, Durval Pedroso justificou a “falta de entendimento e comunicação”. Segundo ele, não houve formalização do distrato durante a reunião e não existe qualquer documento oficial sobre o assunto.

José Carlos Issy reforçou a posição da Prefeitura, afirmando que o distrato foi mencionado na reunião apenas como uma possibilidade futura, caso não haja acordo entre as partes. O secretário-executivo alegou que o interesse em fechar o contrato foi mencionado por um representante da entidade.

Por outro lado, em nota, a Fundahc enfatizou que, durante reunião com representantes da SMS e da PGM, foi discutido sobre a decisão da Prefeitura de realizar o distrato dos convênios. A nota também esclareceu que, após o encontro, não houve nenhum comunicado oficial sobre o tema.