12 de dezembro de 2024
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O comércio em Goiás alcançou um crescimento notável, atingindo um recorde histórico.

Em 2021, Goiás registrou um total de 68,5 mil estabelecimentos comerciais, alcançando o maior número em 16 anos

(Foto: Rodrigo Cabral)

Em 2021, o número de estabelecimentos comerciais em Goiás aumentou em 8% em comparação com o ano anterior, alcançando um novo recorde histórico, de acordo com a Pesquisa Anual do Comércio (PAC) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estado registrou um total de 68,5 mil unidades locais de empresas comerciais.

O setor varejista foi o destaque, apresentando um aumento de 11,4% no período analisado pelo IBGE, concentrando 73,7% do total de unidades locais do estado, com 50,5 mil estabelecimentos. Enquanto isso, o comércio de veículos, peças e motocicletas teve uma leve queda de 0,3%, mas ainda representa 10,4% do total de unidades comerciais em Goiás. O comércio por atacado também registrou uma oscilação negativa de 0,7% e detém 15,9% do total.

O secretário da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), Joel de Sant’Anna Braga Filho, observa que o desempenho do comércio em Goiás tem sido notável, mesmo considerando o período desafiador da pandemia de Covid-19. Ele destaca que o estado tem apresentado resultados muito superiores à média nacional, com aumentos significativos no agronegócio, na indústria e nos serviços.

Esse cenário reflete positivamente na geração de empregos, com o comércio goiano empregando 348,4 mil pessoas em 2021. O comércio de veículos, peças e motocicletas registrou um aumento de 11,2% no número de pessoal ocupado, enquanto o comércio por atacado cresceu 3,9%, e o comércio varejista teve um acréscimo de 1,4% no mesmo período.

O salário médio mensal no comércio goiano em 2021 foi de R$ 1.878,78, o que equivale a 1,71 salário-mínimo. O comércio por atacado teve o maior pagamento médio mensal, com R$ 3.037,05, equivalente a 2,76 salários mínimos vigentes.

Além disso, o estado se destaca por responder por 32% da receita bruta de revendas de mercadorias da região Centro-Oeste e por ter a oitava maior receita bruta do país tanto no comércio por atacado quanto no comércio varejista.

A pesquisa PAC também investigou a receita bruta de revenda de mercadorias das empresas comerciais, e em 2021, o setor comercial apresentou R$ 220,4 bilhões em receita bruta de revenda de mercadorias no estado, correspondendo a 3,7% da receita nacional de R$ 6 trilhões. Do total, 52% da receita provém do comércio por atacado, 38,3% do comércio varejista e 9,6% do comércio de veículos, peças e motocicletas.

A Pesquisa Anual do Comércio (PAC) é essencial para a análise e o planejamento econômico das empresas do setor privado e dos diferentes níveis de governo. Os dados fornecidos pela PAC são fundamentais para compreender as características estruturais do segmento empresarial da atividade de comércio no país.

Pesquisa aponta que o estado atingiu a marca de 68,5 mil estabelecimentos, o maior em 16 anos (Pedro França / Agência Senado)