Golpe da falsa imobiliária cresce, em Goiânia: veja como ele opera, os prejuízos e como se proteger
Criminosos usam anúncios fraudulentos, documentos forjados e perfis falsos para aplicar estelionatos imobiliários; aumento alarmante no número de casos exige atenção redobrada

O setor imobiliário brasileiro enfrenta uma escalada de golpes virtuais e fraudes aplicadas por falsas imobiliárias. Especialistas revelam que o aumento se deve, em grande parte, à digitalização dos negócios, à urgência de interessados e à dificuldade de fiscalização. Casos como anúncios falsos de imóveis para aluguel ou venda, adiantamento de taxas inexistentes, uso de documentos forjados ou adulterados e criação de sites ou perfis que imitam imobiliárias sérias tornaram-se práticas frequentes.
Como o golpe funciona
- Anúncio falso: golpistas copiam fotos e descrições de anúncios legítimos ou falsificam documentos do imóvel; criam páginas ou perfis que parecem oficiais, com nomes muito similares aos de imobiliárias reconhecidas.
- Isolamento do contato: pedem que o interessado se comunique por WhatsApp, Telegram ou WhatsApp Business, evitando visitas presenciais ou convites inesperados de conhecer o local.
- Solicitação de pagamento adiantado: cobram “taxa de reserva”, “taxa de vistoria”, “pagamento antecipado de aluguel” ou algo similar, muitas vezes via PIX ou transferência bancária para conta de pessoa física.
- Desaparecimento: após o pagamento, o golpe se revela — o imóvel não existe, o contato some ou documentos prometidos não são enviados, normalmente porque não eram verdadeiros.
Dados recentes e contexto
- Estelionatos virtuais cresceram 26% no Brasil, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
- A Serasa Experian registrou que 58,1% das tentativas de fraude evitadas em outubro de 2024 estavam relacionadas a inconsistências cadastrais.
- A CBIC alerta que fraudes no setor imobiliário atingem tanto quem busca alugar quanto comprar imóveis; formas comuns incluem falsos anúncios e corretores inexistentes.
Quem sofre e onde o golpe é mais prevalente
A vítima típica é alguém:
- com pressa para alugar ou comprar imóvel e que se deixa seduzir por preços muito abaixo do mercado;
- que encontra o anúncio em redes sociais ou plataformas de anúncios de imóveis;
- que não verifica documentação, registro do corretor no CRECI ou matrícula do imóvel cartorial.
Estados com grandes centros urbanos têm mais registros desses casos, mas estudos indicam que há expansão para localidades menores, às vezes com menor acesso a órgãos de proteção ao consumidor ou CRECI regionais.
Como se proteger
- Verifique se o corretor ou imobiliária está credenciado ao CRECI.
- Confirme a matrícula do imóvel junto ao cartório de registro de imóveis.
- Desconfie de anúncios com imagens genéricas ou água marcada que aparecem em vários anúncios diferentes.
- Não realize pagamentos antecipados (reserva, sinal, vistoria) sem contrato formal.
- Confirme existência física do imóvel: visite pessoalmente, converse com vizinhos, veja fotos recentes ou vá ao local.
- Use meios de pagamento rastreáveis e formais; evite transferir dinheiro para contas de pessoas físicas desconhecidas.
Ações em curso
- Está em processo de implantação o Cadastro Imobiliário Brasileiro (CIB), ou “CPF dos Imóveis”, previsto para funcionar em 2026. O sistema unificará registros urbanos e rurais, com a expectativa de facilitar financiamentos, compras e vendas e reduzir fraudes.
- Operações policiais já identificaram casos de financiamentos fraudulentos, imóveis que não existem fisicamente ou com documentação falsa.
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