25 de abril de 2025
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Estudante de Medicina expõe paciente durante exame ginecológico em UPA de Anápolis

Vídeo gravado sem consentimento da paciente e divulgado nas redes sociais levanta debate sobre ética médica e privacidade no ambiente hospitalar
Vídeo publicado nas redes sociais mostra estudante de medicina realizando exame ginecológico, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Um vídeo gravado por uma estudante de medicina durante a realização de um exame ginecológico em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Anápolis gerou indignação após ser divulgado nas redes sociais. As imagens mostram a paciente deitada em uma maca, com as partes íntimas expostas, enquanto a estudante prepara os materiais para o procedimento. O conteúdo foi publicado em uma plataforma de vídeos e rapidamente repercutiu negativamente, levando à exclusão das contas da estudante nas redes sociais.​

A Secretaria Municipal de Saúde de Anápolis considerou a conduta “inadmissível” e informou que notificou imediatamente a universidade responsável pela formação da aluna, a UniEvangélica. A instituição afirmou, por meio de nota oficial, que adotou todas as medidas cabíveis para apurar a situação e aplicou as sanções disciplinares pertinentes. A estudante cumpriu suspensão de cinco dias e posteriormente foi transferida para uma instituição de ensino no Tocantins.​

O caso reacende o debate sobre a ética médica e a importância do respeito à privacidade dos pacientes. Especialistas destacam que a gravação e divulgação de procedimentos médicos sem o consentimento explícito do paciente violam princípios fundamentais da medicina e podem acarretar consequências legais e profissionais graves.​

A Polícia Civil foi questionada sobre a existência de investigação em andamento, mas até o momento não houve retorno. A Secretaria Municipal de Saúde reforçou que todos os profissionais de saúde, desde o início da graduação, devem ser orientados sobre a importância do sigilo e do respeito à dignidade dos pacientes.​

Este incidente destaca a necessidade de reforçar os protocolos de ética e privacidade no ambiente hospitalar, especialmente em tempos de ampla disseminação de conteúdos nas redes sociais.

Nota da SMS de Anápolis

“A Secretaria Municipal de Saúde informa que, ao tomar conhecimento do caso, notificou imediatamente a universidade e solicitou providências. A pasta considera inadmissível a conduta da estudante e destaca que nenhum procedimento deveria ser realizado sem a presença de um preceptor.”​

Nota da UniEvangélica

“A Universidade Evangélica de Goiás – UniEvangélica informa que, ao tomar ciência dos fatos, em janeiro de 2025, prontamente adotou todas as medidas cabíveis para apurar a situação com rigor e aplicou as sanções disciplinares pertinentes. Após cumprir suspensão de cinco dias, a estudante foi transferida para outra instituição de ensino.”

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