Alerta estrutural no TJ-GO: falha hídrica derruba forro e paralisa serviços presenciais
Rompo de tubulação e queda de forro de gesso no 5º andar do Bloco B causam interrupção de serviços presenciais no Tribunal de Justiça de Goiás; Corpo de Bombeiros interveio e manutenção segue em curso

O que começou como um incidente localizado, rapidamente se transformou em uma operação emergencial de evacuação parcial do prédio-sede do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) na manhã desta sexta-feira (23). Um rompimento de tubulação de água no 5º andar do Bloco B, seguido pela queda de parte do forro de gesso no corredor próximo aos elevadores privativos, mobilizou o Corpo de Bombeiros Militar de Goiás, levou à suspensão do atendimento presencial no setor e expôs fragilidades na manutenção da infraestrutura do edifício.
Apesar do susto, nenhuma pessoa ficou ferida, conforme confirmou a assessoria do Tribunal. Por precaução, a energia elétrica foi desligada no bloco afetado e os elevadores desativados, evitando maiores danos ou riscos de curto-circuito. O local foi evacuado conforme orientação dos bombeiros, que também realizaram uma avaliação preliminar de segurança.
Atendimento suspenso presencialmente e direcionado ao Balcão Virtual
Enquanto as inspeções técnicas e a apuração da extensão do dano são realizadas pela empresa contratada para manutenção predial, o TJ-GO optou por suspender temporariamente todas as atividades presenciais no Bloco B. Os servidores das unidades afetadas foram instruídos a operar remotamente e os cidadãos que necessitarem de atendimento devem recorrer ao Balcão Virtual, disponível no portal oficial do tribunal.
“A evacuação foi feita de forma rápida e segura, e a Diretoria de Engenharia e Arquitetura já está acompanhando de perto a análise técnica e providenciando as correções estruturais necessárias para garantir a retomada segura das atividades”, disse a corte em nota oficial.
Falhas que levantam alerta sobre infraestrutura do serviço público
Embora o TJ-GO não tenha especificado a origem exata do rompimento da tubulação, o incidente lança luz sobre a necessidade urgente de revisão e manutenção contínua das instalações prediais de prédios públicos — sobretudo em edifícios de alto fluxo, como o do Tribunal, onde circulam diariamente servidores, advogados, magistrados e cidadãos.
Segundo especialistas em engenharia civil ouvidos pela reportagem, episódios como esse podem estar ligados ao desgaste de sistemas hidráulicos antigos, oscilações de pressão, má execução de obras ou até mesmo falta de inspeções preventivas rotineiras. “Quando não há um programa de manutenção preditiva e preventiva eficaz, os prédios públicos acabam sendo reativos, e isso traz riscos evitáveis para a população”, afirma o engenheiro Marco Túlio Andrade, consultor em gestão de facilities.
Segurança predial: prevenção ainda é o melhor remédio
O caso também reacende o debate sobre a obrigatoriedade de vistorias regulares em estruturas públicas. A ABNT NBR 5674/2012, que trata da manutenção de edificações, exige que imóveis institucionais com grande circulação sejam submetidos a cronogramas rígidos de inspeções técnicas — o que nem sempre é observado na prática.
O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Goiás (Sindjustiça) publicou nota cobrando transparência na apuração do ocorrido e reforçando a necessidade de um laudo técnico público que aponte responsabilidades e medidas corretivas. “Não se trata apenas de evitar interrupções. É uma questão de saúde e segurança de quem trabalha e transita no local”, destaca o comunicado.
O que acontece agora
A normalização das atividades no Bloco B depende da conclusão da inspeção técnica, do reparo da tubulação danificada, da reposição do forro de gesso e da reavaliação da rede elétrica e hidráulica do setor. Até lá, todas as audiências, atendimentos e expedientes vinculados ao bloco serão realizados exclusivamente em ambiente virtual.
Enquanto isso, o TJ-GO reforça que está comprometido com a segurança de todos os usuários do sistema de justiça e promete divulgar atualizações conforme o andamento dos trabalhos de manutenção.
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