Goiás demite Vagner Mancini após sequência sem vitórias e risco de deixar o G-4 da Série B
Treinador foi desligado após empate com o Athletic-MG e desempenho em queda no segundo turno. Decisão ocorre em meio à pior fase do clube na temporada e à pressão interna por reação nas rodadas finais.

O Goiás Esporte Clube oficializou, na tarde desta segunda-feira (13), a demissão do técnico Vagner Mancini, após uma sequência de cinco partidas sem vitória na Série B do Campeonato Brasileiro. O desligamento encerra a segunda passagem do treinador pelo time esmeraldino, marcada por um início promissor, mas que perdeu força no returno, comprometendo a luta pelo acesso à Série A.
A decisão foi tomada em reunião do Conselho de Administração, no domingo (12), e comunicada ao elenco na sequência. O presidente Aroldo Guidão confirmou aos jogadores que o ciclo de Mancini havia se encerrado. A saída ocorre um dia após a demissão do diretor de futebol Lucas Andrino, num movimento que reflete o descontentamento interno com o desempenho recente da equipe.
De acordo com informações apuradas junto à direção do clube, o desligamento foi acompanhado de acerto de multa rescisória em torno de R$ 1 milhão. O Goiás agora busca um novo comandante para as seis rodadas finais da competição — momento decisivo na tentativa de retornar à elite nacional.
Crise técnica e desgaste interno
A permanência de Mancini já estava sob questionamento desde a derrota para o CRB, pela 31ª rodada. Mesmo mantido para o confronto seguinte, contra o Athletic-MG, o empate por 1 a 1 ampliou a pressão. O treinador havia se comprometido a reagir, mas o desempenho não convenceu.
Em sete meses de trabalho, Mancini dirigiu o Goiás em 34 partidas, com 14 vitórias, 11 empates e nove derrotas, o que representa aproveitamento de 52%. A trajetória inclui 32 jogos pela Série B e dois pela Copa Verde, competição em que o time foi vice-campeão, derrotado pelo Paysandu nos pênaltis.
Apesar de um primeiro turno consistente, com 37 pontos conquistados — a melhor campanha de um clube goiano na era dos pontos corridos até então —, o time perdeu intensidade e rendimento ofensivo no segundo turno. As últimas cinco rodadas mostraram um Goiás irregular, acumulando empates diante de Ferroviária, Atlético-GO, Volta Redonda e Athletic-MG, e derrota para o CRB.
Risco de sair do G-4 e queda de desempenho
Com o empate na última rodada, o Goiás soma 53 pontos e corre o risco de deixar o G-4 pela primeira vez desde a quinta rodada, a depender dos resultados de seus concorrentes diretos no complemento da 32ª rodada. O desempenho recente preocupa o clube, que vê adversários como América-MG, Avaí e Sport crescerem na reta final.
Internamente, membros do conselho e lideranças do elenco, como o goleiro Tadeu e o volante Juninho, participaram das conversas que antecederam a demissão. A avaliação foi de que a equipe havia perdido confiança e identidade tática sob o comando de Mancini.
Novo comando e reta final decisiva
A diretoria esmeraldina busca agora um técnico experiente e com perfil motivador para conduzir o grupo nas últimas seis rodadas da Série B. O próximo compromisso será no domingo (19), contra a Chapecoense, no estádio da Serrinha, às 20h30.
Entre os nomes analisados, a preferência é por um treinador com histórico recente de acesso ou bom aproveitamento em competições de pontos corridos. A direção também estuda promover, de forma interina, um profissional do atual corpo técnico até o anúncio oficial do substituto.
Apesar da turbulência, o Goiás mantém projeção de acesso ainda viável, dependendo apenas de suas forças. No entanto, o cenário exige reação imediata e mudança de postura em campo.
Síntese da passagem de Mancini
- Período no cargo: março a outubro de 2025
- Jogos: 34
- Vitórias: 14
- Empates: 11
- Derrotas: 9
- Aproveitamento: 52%
- Títulos: vice-campeonato da Copa Verde
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