Mulher é presa por tentativa de homicídio após envenenar colega de trabalho em Abadia de Goiás

Suspeita foi flagrada por câmeras de segurança adulterando a garrafa de água da vítima; desavenças anteriores motivaram o crime.

Uma mulher de 38 anos foi presa preventivamente nesta quinta-feira (27) em Abadia de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia, acusada de tentar assassinar uma colega de trabalho, de 48 anos, ao colocar solvente químico na garrafa de água da vítima. O crime, ocorrido dentro de uma empresa têxtil, foi registrado por câmeras de segurança e descoberto após a vítima apresentar sintomas de envenenamento.

Discussão motivou o crime

De acordo com a Polícia Civil, a suspeita e a vítima tiveram uma discussão intensa no dia 13 de fevereiro, dentro do ambiente de trabalho. Horas depois, a mulher acessou uma área restrita da empresa, onde são armazenados produtos químicos, e pegou um frasco com a substância tóxica. Em seguida, ela foi até o local onde a colega guardava sua garrafa de água e despejou o solvente no recipiente.

Queimaduras e atendimento médico

Sem suspeitar de nada, a vítima ingeriu a água contaminada e imediatamente sentiu um gosto estranho. Poucos segundos depois, a boca começou a arder intensamente, e ela desenvolveu queimaduras na região interna da boca e na garganta. Colegas de trabalho prestaram socorro e a levaram a uma unidade de saúde, onde recebeu atendimento médico. Apesar da gravidade da situação, a mulher se recupera bem e já está em casa.

Imagens flagraram o crime

Durante as investigações, a Polícia Civil analisou as imagens das câmeras de segurança da empresa e colheu depoimentos de testemunhas. O vídeo mostra a suspeita mexendo na garrafa da vítima no momento do crime. Além disso, as imagens registraram a mulher acessando o setor onde os produtos químicos são armazenados, reforçando a premeditação do ato.

A acusada foi presa preventivamente e optou por permanecer em silêncio durante o interrogatório. Ela deve responder por tentativa de homicídio qualificado, crime que prevê pena de seis a 20 anos de prisão.

A identidade da suspeita não foi divulgada. Até o momento, a defesa dela não se manifestou. O caso segue sob investigação.

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