5 de dezembro de 2025
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Golpe do Falso Intermediário: Megaoperação mobiliza 400 policiais e mira R$ 2 milhões em bens de criminosos em quatro estados

Organização criminosa especializada em estelionato e lavagem de dinheiro é alvo da Operação Broker Phantom, com ações simultâneas em 14 cidades de Goiás, Mato Grosso, São Paulo e Santa Catarina
Megaoperação cumpre 70 mandados de prisão e sequestra cerca de R$ 2 milhões. Polícia Civil de Goiás

Uma das maiores operações contra crimes financeiros já realizadas pela Polícia Civil de Goiás foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (22/05) com o objetivo de desarticular uma sofisticada organização criminosa envolvida em golpes de falsos intermediários e lavagem de dinheiro. Denominada Operação Broker Phantom, a ação mobiliza cerca de 400 policiais civis e ocorre simultaneamente em 14 cidades de quatro estados brasileiros.

Coordenada pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC), a ofensiva cumpre 157 medidas cautelares no total, incluindo:

  • 59 mandados de prisão temporária,
  • 18 de prisão preventiva,
  • 78 mandados de busca e apreensão domiciliar,
  • além de quebras de sigilos telemáticos e telefônicos e
  • o sequestro de cerca de R$ 2 milhões em bens adquiridos com recursos ilícitos.

As investigações apontam que o grupo criminoso atuava há anos em diversas fraudes financeiras, simulando negociações comerciais com o uso de falsos intermediários e obtendo grandes quantias de vítimas em todo o território nacional. Entre os alvos estão suspeitos que ocupavam funções-chave na cadeia de fraudes, como falsos corretores, operadores de contas laranjas e responsáveis por lavagem de capital.

Um esquema enraizado e articulado

Segundo o delegado Thiago César, titular da DERCC e coordenador da operação, o grupo utilizava técnicas avançadas de engenharia social, falsificação de documentos e manipulação de sistemas eletrônicos para enganar tanto pessoas físicas quanto empresas. Os criminosos se passavam por intermediários legítimos em transações comerciais — como compra e venda de imóveis, veículos e produtos agrícolas — e induziam as vítimas a depositar valores diretamente em contas controladas pela quadrilha.

“O golpe do falso intermediário tem se tornado cada vez mais sofisticado. Essa organização que estamos combatendo tem histórico de atuação em todo o Brasil, com alvos em diferentes estados, lavando grandes quantias e ocultando patrimônio por meio de terceiros e empresas de fachada”, afirmou o delegado.

Operação em 14 cidades

As diligências ocorrem em locais estratégicos para o funcionamento do esquema criminoso, incluindo cidades que funcionavam como polos logísticos e financeiros do grupo. As principais são:

  • Goiás: Aparecida de Goiânia
  • Mato Grosso: Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Primavera do Leste, Diamantino, São José do Rio Claro
  • São Paulo: Ribeirão Preto, Cravinhos, Serrana, Luís Antônio, Irapuru
  • Santa Catarina: Florianópolis

Essas localidades foram escolhidas com base em cruzamentos de dados bancários, movimentações suspeitas, registros de transferências e rastreamento de IPs e dispositivos móveis, segundo informações repassadas pela inteligência da Polícia Civil.

Sequestro de bens e combate à lavagem de dinheiro

Um dos focos da operação é o bloqueio imediato de bens e valores ligados aos investigados, com o objetivo de desarticular financeiramente a estrutura criminosa. Segundo fontes ligadas à investigação, imóveis, veículos de luxo, contas bancárias e ativos digitais já começaram a ser sequestrados por ordem judicial.

Especialistas ouvidos pela reportagem destacam a importância desse tipo de ação. “É essencial não apenas prender os criminosos, mas também asfixiar economicamente a organização. Quando o patrimônio é sequestrado, você atinge o coração do esquema”, pontua o perito em crimes financeiros Marcelo Arcanjo, consultor de segurança pública.

Coletiva de imprensa deve detalhar resultados

A Polícia Civil de Goiás agendou uma coletiva para o final da manhã desta quinta-feira, quando os números finais da operação, detalhes das prisões e a apresentação de provas apreendidas devem ser divulgados. Há expectativa de que novos desdobramentos ocorram nos próximos dias, inclusive com cooperação de autoridades federais e internacionais.

A Operação Broker Phantom é mais um capítulo na crescente mobilização das forças de segurança pública para enfrentar o crime organizado digital e proteger cidadãos e empresas dos danos econômicos e sociais causados por fraudes sofisticadas. O nome da operação faz alusão à atuação “fantasma” dos golpistas, que se escondiam atrás de identidades falsas e redes digitais para operar impunemente — até agora.

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Marcus

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