28 de abril de 2025
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Zumbido no ouvido: quando procurar um especialista e quais são as possíveis causas

Sons incômodos podem indicar problemas auditivos ou neurológicos; especialista alerta para sinais de alerta.
Especialista alerta que esse sintoma pode indicar desde acúmulo de cera até condições mais graves. Crédito: Freepik

Muitas pessoas já experimentaram um zumbido repentino nos ouvidos, uma sensação incômoda que pode surgir e desaparecer sem explicação. Embora, em alguns casos, seja um fenômeno passageiro e inofensivo, o zumbido – conhecido clinicamente como acufeno – pode ser um indicativo de problemas de saúde subjacentes.

O Dr. Fernando Botelho, otoneurologista e especialista em tontura do HOPE – Hospital de Olhos de Pernambuco, da Vision One, explica que essa condição tem múltiplas origens. “Perda auditiva, exposição prolongada a ruídos intensos e infecções, como a otite, podem provocar o aparecimento do zumbido. Em alguns casos, ele também pode estar relacionado ao uso de determinados medicamentos, lesões na cabeça ou no ouvido e até mesmo ao acúmulo excessivo de cera”, destaca o médico.

Diferentes tipos de zumbido e suas causas

O zumbido pode se manifestar de forma contínua ou intermitente, com intensidade variável. “Algumas pessoas descrevem como chiado, apito, clique ou estalo, enquanto outras relatam sons semelhantes a um motor ligado, barulho de chuva ou até o próprio ritmo do coração”, explica Botelho.

Entre os fatores que podem intensificar ou amenizar o sintoma estão a alimentação, o nível de estresse e até mesmo a posição da cabeça e do pescoço. “O consumo de cafeína, a ingestão excessiva de carboidratos e a exposição a ambientes muito silenciosos podem potencializar o incômodo. Já hábitos saudáveis e controle do estresse ajudam a reduzir os episódios”, acrescenta.

Quando procurar um médico?

Embora o zumbido no ouvido não seja considerado uma doença, ele pode ser um sinal de alerta para problemas auditivos ou neurológicos. O especialista recomenda buscar um médico otorrinolaringologista ou otoneurologista se o sintoma for persistente, intenso ou recorrente.

“Se o zumbido for acompanhado de perda de audição, tontura, dor de cabeça, sensação de ouvido entupido, secreção ou febre, é fundamental procurar atendimento médico com urgência. Isso pode indicar desde uma infecção até problemas mais graves que afetam o sistema auditivo ou neurológico”, enfatiza Botelho.

Prevenção e tratamento

O diagnóstico do zumbido envolve exames auditivos e neurológicos para identificar a causa exata do problema. O tratamento varia conforme a origem do sintoma e pode incluir ajustes na alimentação, controle do estresse, reabilitação auditiva, uso de aparelhos auditivos e, em alguns casos, medicamentos específicos.

“O mais importante é não ignorar o zumbido e buscar um diagnóstico preciso. Prevenir a exposição a ruídos intensos, manter hábitos saudáveis e realizar exames auditivos periódicos são medidas essenciais para a saúde auditiva”, conclui o Dr. Fernando Botelho.

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