UEG Enfrenta Transformação: Redução de Cursos e Câmpus Marcam Reestruturação da Universidade
Desde 2019, a Universidade Estadual de Goiás desativou 48 cursos e encerrou cinco câmpus, buscando fortalecer a qualidade acadêmica e a sustentabilidade institucional. A reestruturação impacta diretamente milhares de estudantes e o futuro do ensino superior no estado.

A Universidade Estadual de Goiás (UEG) passa por um processo significativo de reestruturação desde 2019. Como parte dessa transformação, 48 ofertas de cursos foram descontinuadas e cinco câmpus encerraram suas atividades. O objetivo, segundo a instituição, é otimizar a qualidade do ensino e aprimorar a gestão universitária diante de desafios acadêmicos e financeiros.
Reorganização Estrutural da UEG
Em 2019, a UEG apresentou um relatório da Comissão de Redesenho que recomendava o fechamento de 57 ofertas de cursos e 15 câmpus. No entanto, o Conselho Superior Universitário (CsU) rejeitou a proposta inicial, alegando falta de participação da comunidade acadêmica no processo.
Desde então, a universidade revisou sua estrutura e, até o momento, já descontinuou 48 cursos – afetando, principalmente, licenciaturas e pedagogia – além de encerrar atividades em cinco câmpus.
Atualmente, a UEG opera em 40 unidades distribuídas por 38 cidades goianas. Municípios como Crixás e Edéia tiveram suas unidades desativadas. Em Crixás, o prédio foi transferido para a Secretaria de Estado de Educação e será utilizado como colégio estadual de gestão militar.
Impacto no Corpo Discente
O número de alunos da UEG também sofreu uma queda expressiva. Em 2019, a universidade registrava 23.098 estudantes matriculados. Hoje, esse número caiu para 13.098 – uma redução de aproximadamente 43%.
Apesar disso, o reitor Antonio Cruvinel Borges Neto, que assumiu a gestão em 2021, afirma que a universidade já está demonstrando sinais de recuperação. Segundo ele, o número de inscritos no vestibular dobrou nos últimos três anos, indicando uma retomada no interesse pelos cursos oferecidos.
Desafios e Perspectivas
Entre os principais desafios enfrentados pela UEG está a evasão estudantil. Em 2019, a taxa de abandono de cursos era de 6%. Atualmente, esse índice subiu para 10%.
Diante desse cenário, a universidade busca alternativas para evitar novas perdas de alunos. Um dos esforços inclui a ampliação de programas de bolsas, levando em consideração que 78% dos estudantes matriculados vêm de famílias com renda de até três salários mínimos.
Além disso, a UEG investe na modernização de sua infraestrutura. Atualmente, 11 unidades passam por reformas, incluindo a do Parque Laranjeiras, em Goiânia, com previsão de conclusão no segundo semestre de 2025.
O Futuro da UEG
A reestruturação da Universidade Estadual de Goiás reflete a necessidade de adaptação do ensino superior público a uma nova realidade acadêmica e financeira. Se, por um lado, o fechamento de câmpus e a redução de cursos causam preocupação entre estudantes e comunidades, por outro, a universidade aposta em uma gestão mais enxuta e eficiente para garantir um ensino de qualidade a longo prazo.
Agora, o desafio da UEG é equilibrar sua recuperação estrutural com a missão de oferecer educação pública acessível e de excelência para os goianos.
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