14 de fevereiro de 2025
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Três mulheres são presas em Goiás por golpe do “falso leilão” se passando por servidoras do TJ-GO

Grupo aplicava golpes de venda de imóveis inexistentes com uniformes falsos do Tribunal de Justiça; prejuízo estimado em R$ 600 mil.
Veruska Maria Borges, de 43 anos, Renata Borges Nascimento, de 36, e Priscila Borges Nascimento, de 39, foram indiciadas por estelionato e associação criminosa (Polícia Civil)

Na manhã desta terça-feira (12), uma operação policial em Itumbiara, Goiás, resultou na prisão de três mulheres suspeitas de liderarem um esquema de estelionato, no qual vendiam imóveis de terceiros alegando que estavam em leilão judicial. As suspeitas, Veruska Maria Borges, de 43 anos, Renata Borges Nascimento, de 36, e Priscila Borges Nascimento, de 39, teriam enganado as vítimas ao se passarem por servidoras do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), causando um prejuízo estimado em R$ 600 mil, de acordo com a Polícia Civil (PC).

Como funcionava o golpe?

Segundo o delegado Vinícius Penna, responsável pela investigação, o golpe era minuciosamente planejado. As suspeitas usavam uniformes falsos do TJ-GO para dar veracidade ao esquema e abordavam as vítimas presencialmente, geralmente por indicação, para aumentar a confiança. Com a promessa de que as vítimas teriam uma “preferência” na compra dos imóveis, elas convenciam os interessados a realizar transferências bancárias. Nenhum dos imóveis estava realmente em leilão judicial, tampouco tinha qualquer problema judicial que justificasse tal venda.

O delegado explicou que o grupo simulava vantagens exclusivas para as vítimas, alegando que, ao adquirir o imóvel diretamente, elas poderiam comprar por valores abaixo do mercado. Essa abordagem induzia os compradores a acreditar em uma suposta “oportunidade única”, levando-os a transferir quantias significativas de dinheiro. As vendas falsas eram feitas pessoalmente, explorando a confiança gerada pelo contato direto e pelas indicações.

Operação policial e bens apreendidos

As três mulheres foram detidas em cumprimento a mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão. Durante a operação, foram apreendidos carros, documentos e outros bens relacionados ao golpe, que poderão ser usados como prova no inquérito policial. Além disso, a Polícia Civil solicitou uma medida de sequestro de bens, na tentativa de ressarcir parte do prejuízo das vítimas.

As autoridades ressaltaram que as suspeitas já tinham passagens anteriores por crimes de estelionato e associação criminosa, demonstrando um histórico de atividades fraudulentas. No total, foram registradas pelo menos duas denúncias relacionadas ao golpe do falso leilão, mas a Polícia Civil acredita que o número de vítimas pode ser ainda maior.

Divulgação das identidades e apelo a outras possíveis vítimas

As identidades e fotos das três suspeitas foram divulgadas pela Polícia Civil. O objetivo é incentivar outras possíveis vítimas a identificarem as suspeitas e registrarem suas denúncias, ampliando o alcance das investigações. Segundo o delegado Penna, essa divulgação é essencial para o trabalho de recuperação dos valores perdidos e para que outras pessoas que eventualmente foram lesadas possam procurar a delegacia.

Orientações da Polícia para evitar golpes similares

A Polícia Civil orienta a população a sempre verificar a veracidade de informações em transações envolvendo leilões e aquisições de imóveis. Em casos de dúvidas, é recomendável entrar em contato diretamente com o Tribunal de Justiça ou com autoridades policiais, especialmente ao receber propostas incomuns ou promessas de vantagens exclusivas.

A operação faz parte dos esforços da Polícia Civil de Goiás para desarticular grupos criminosos que utilizam a fraude e o estelionato como modus operandi. Esse tipo de crime vem aumentando em várias regiões, impulsionado pela alta lucratividade e pela dificuldade das vítimas em verificar a autenticidade dos documentos e informações apresentados.

Prevenção e denúncias

A Polícia Civil reforça a importância da denúncia e lembra que o combate a crimes como o estelionato depende, em grande parte, da colaboração da sociedade. Qualquer informação sobre outros crimes envolvendo falsos leilões ou atividades fraudulentas pode ser denunciada de forma anônima, pelo Disque Denúncia, contribuindo para a segurança da comunidade.

A operação em Itumbiara e a prisão do grupo reafirmam o compromisso das forças de segurança em coibir atividades ilícitas e proteger a população de golpes que possam comprometer seu patrimônio.

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