Polícia Civil Desmantela Falso Banco de Luxo em Goiânia e Bloqueia R$ 3,3 Milhões em Bens
Golpistas criaram instituição fraudulenta no Setor Marista, onde prometiam empréstimos em troca de imóveis, mas vítimas nunca recebiam o dinheiro.

A Polícia Civil de Goiás (PC-GO) desarticulou, nesta sexta-feira (7), um esquema criminoso sofisticado que operava um falso banco em um edifício de alto padrão no Setor Marista, em Goiânia. Segundo as investigações, o grupo prometia empréstimos vantajosos para clientes que oferecessem seus imóveis como garantia, mas os valores nunca eram repassados. O golpe teria causado prejuízo de pelo menos R$ 3,3 milhões às vítimas.
A operação, batizada de “La Casa de Papel”, foi coordenada pelo delegado Luiz Carlos Cruz, do Grupo Especial de Investigações Criminais de Anápolis (3ª DRP), e cumpriu 83 mandados judiciais em Goiânia, Aparecida de Goiânia e no Distrito Federal.
“Identificamos que não era um banco digital, mas sim um banco físico, com estrutura de luxo, salas, mesas, computadores e funcionários, tudo para convencer as vítimas de que estavam negociando com uma instituição legítima”, explicou o delegado Luiz Carlos Cruz.
Como funcionava o golpe
O falso banco operou entre 2019 e 2022 sem qualquer autorização do Banco Central. Os criminosos, incluindo empresários e advogados, simulavam operações financeiras para convencer as vítimas a assinar procurações públicas, que lhes davam total controle sobre os imóveis.
Além disso, o grupo cobrava altas taxas administrativas, supostamente necessárias para liberar os empréstimos. No entanto, após a assinatura dos contratos, os clientes nunca viam o dinheiro prometido. Com as procurações em mãos, os golpistas revendiam os imóveis por valores abaixo do mercado e embolsavam os lucros.
“As vítimas, encantadas com a estrutura luxuosa, acreditavam na promessa de que receberiam valores maiores do que os praticados pelo mercado imobiliário. Ao perceberem o golpe, muitas já tinham perdido suas propriedades”, destacou o delegado.
Investigação e sequestro de bens
Após diversas denúncias e relatos de vítimas, a Polícia Civil reuniu provas que comprovaram a fraude. Com base nos prejuízos apurados, a Justiça autorizou o bloqueio e sequestro de bens no valor de R$ 3,3 milhões dos suspeitos.
Entre os bens apreendidos estão:
✅ Imóveis de alto padrão registrados em nome dos investigados
✅ Joias e relógios de grife
✅ Veículos de luxo
✅ Valores em contas bancárias
As investigações seguem em andamento, e a polícia trabalha para identificar outros envolvidos no esquema.
Alerta para novas vítimas
A Polícia Civil orienta que qualquer pessoa que tenha caído no golpe ou tenha informações sobre o grupo criminoso procure imediatamente as autoridades. O caso também serve como alerta para quem busca empréstimos: sempre verifique se a instituição está registrada no Banco Central antes de assinar qualquer contrato envolvendo bens de alto valor.
A operação “La Casa de Papel” mostra como criminosos utilizam estruturas sofisticadas para enganar suas vítimas, reforçando a importância da cautela e da fiscalização sobre empresas financeiras suspeitas.
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