Polícia Civil desmantela esquema de falsificação de suplementos e divulgação de conteúdo íntimo sem consentimento em Goiás
Operação Ilegal Fetish prende suspeito de crimes sexuais e falsificação de medicamentos emagrecedores; ação também investiga possível lucro com plataformas digitais.
Nesta quinta-feira (9), a Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia de Polícia de São Simão, realizou a Operação Ilegal Fetish, visando combater crimes relacionados à exposição de conteúdo sexual sem consentimento e à falsificação de medicamentos. Um homem foi preso preventivamente acusado de registrar e divulgar vídeos íntimos de suas parceiras em plataformas digitais sem autorização, além de falsificar e comercializar suplementos alimentares e medicamentos emagrecedores ilegais.
Crimes sexuais e exposição de vítimas
As investigações começaram após uma vítima identificar sua imagem em vídeos de conteúdo íntimo publicados sem sua autorização. A denúncia revelou que o suspeito, durante relações sexuais, gravava as cenas sem o conhecimento das parceiras e, posteriormente, divulgava os materiais em plataformas digitais.
Segundo a Polícia Civil, outras mulheres também foram vítimas do mesmo esquema, e há indícios de que o investigado lucrava com as visualizações e compartilhamentos dos vídeos. Os ganhos financeiros eram potencializados pelo alto número de acessos em plataformas online, configurando crimes de divulgação de conteúdo íntimo sem consentimento e obtenção de vantagem financeira ilícita.
Falsificação de suplementos e medicamentos emagrecedores
Durante a operação, a Polícia Civil descobriu que o suspeito também liderava um esquema de falsificação de medicamentos emagrecedores e suplementos alimentares. Ele contava com a ajuda de um amigo, personal trainer na cidade, que auxiliava na formulação e comercialização dos produtos.
Em cumprimento a três mandados de busca e apreensão, a polícia encontrou:
- Uma encapsuladora e seladora usadas para fabricação artesanal de cápsulas;
- Ingredientes como chá verde, gengibre e outros componentes;
- Recipientes, lacres e rótulos para comercialização dos produtos.
A produção clandestina configurou o crime de falsificação de medicamentos, levando à prisão em flagrante do investigado.
Mandados e próximas etapas
Os mandados de busca foram cumpridos em duas residências do principal suspeito e na casa do personal trainer envolvido no esquema. Além das apreensões, a Polícia Civil busca rastrear a origem e o destino dos produtos falsificados, bem como identificar outras possíveis vítimas e colaboradores.
O delegado responsável pela operação, Rafael Machado, destacou a gravidade dos crimes:
“A exposição não autorizada de conteúdo íntimo viola direitos fundamentais e pode causar danos irreparáveis às vítimas. Já a falsificação de medicamentos representa um risco direto à saúde pública.”
O investigado responderá pelos crimes de divulgação não autorizada de conteúdo íntimo, falsificação de medicamentos, falsidade ideológica e outros delitos correlatos. Ele permanece à disposição da Justiça, e as investigações continuam para aprofundar o caso.
Denúncias e suporte às vítimas
A Polícia Civil reforça a importância de denunciar casos semelhantes e oferece canais anônimos para relatos de crimes sexuais e atividades ilegais. As vítimas identificadas estão recebendo suporte psicológico e jurídico.
Fontes: Polícia Civil de Goiás
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