16 de setembro de 2024
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Polícia Civil de Goiás Prende Criminoso Sexual Contumaz por Estupro de Vulnerável e Aliciamento de Crianças

Suspeito atuava em hospital de Goiânia e utilizava informações privilegiadas para identificar famílias vulneráveis e cometer abusos sexuais contra crianças.
Investigação ficou a cargo da Delegacia de Proteção a Criança e Adolescente (Foto: Divulgação)

Em uma ação que expôs a gravidade de crimes sexuais contra crianças em Goiânia, a Polícia Civil de Goiás, através da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), prendeu preventivamente, na última quinta-feira (08), um homem acusado de estupro de vulnerável e aliciamento de menores. O suspeito, que já era investigado em múltiplos procedimentos policiais por crimes sexuais contra crianças e adolescentes, utilizava sua posição de trabalho em um hospital da capital para se aproximar de famílias em situação de fragilidade.

O suspeito, cuja identidade não foi revelada para preservar as vítimas, trabalhava em um hospital de Goiânia e utilizava seu acesso a informações privilegiadas para identificar famílias em situações de vulnerabilidade. Em muitos casos, ele se aproveitava da ausência dos pais, que precisavam acompanhar entes queridos internados, para se aproximar das crianças com a promessa de cuidar delas. A partir dessa relação de confiança, o homem cometia os abusos sexuais, violando a dignidade e a segurança das vítimas.

O delegado responsável pelo caso, enfatizou a gravidade das ações do suspeito, classificando-o como um criminoso sexual contumaz, que já era alvo de diversas investigações por crimes semelhantes. “Este indivíduo representa uma ameaça real e contínua para as crianças da nossa comunidade. Ele utilizava de sua posição e conhecimento para identificar famílias em situações de fragilidade e, de forma predatória, abusava sexualmente das crianças”, afirmou o delegado.

Histórico de Atrocidades

A DPCA informou que pelo menos três vítimas já foram identificadas, mas as investigações continuam, e o número de casos pode ser ainda maior. O suspeito vinha sendo monitorado há meses, e a prisão preventiva foi decretada para impedir que ele continuasse a cometer os crimes e para proteger outras possíveis vítimas.

A delegada da DPCA ressaltou o trabalho minucioso das equipes policiais para reunir as provas necessárias que justificaram a prisão preventiva. “As investigações revelaram um padrão de comportamento alarmante. Este homem não apenas violava a confiança das famílias, mas também causava danos psicológicos e físicos irreparáveis às crianças. A prisão preventiva foi uma medida essencial para evitar que ele continuasse a cometer esses crimes hediondos”, destacou.

A revelação dos crimes chocou especialmente as famílias que, até então, confiavam no suspeito. As investigações também levantaram preocupações sobre a segurança e a privacidade das informações acessadas por funcionários em instituições de saúde, especialmente em relação a pacientes e suas famílias.

A direção do hospital onde o suspeito trabalhava emitiu uma nota oficial afirmando que está colaborando integralmente com as investigações e que todas as medidas necessárias para garantir a segurança dos pacientes e suas famílias foram adotadas. Além disso, o hospital informou que o funcionário foi imediatamente afastado de suas funções e que está sendo conduzida uma revisão interna dos protocolos de segurança.

Consequências Legais

Com base nas acusações, o suspeito deve responder por estupro de vulnerável e aliciamento de crianças, crimes que, juntos, podem resultar em uma condenação severa, com penas que podem ultrapassar 20 anos de prisão. A Polícia Civil continua as investigações para identificar outras possíveis vítimas e assegurar que a justiça seja feita.

As autoridades também estão incentivando outras famílias que possam ter sido vítimas do suspeito a procurar a DPCA para registrar denúncias. O delegado reforçou a importância do apoio da comunidade para o avanço das investigações e para evitar que outros crimes semelhantes ocorram.

Apoio às Vítimas

Organizações de proteção à criança e ao adolescente em Goiás estão oferecendo suporte psicológico e jurídico às vítimas e suas famílias. A Rede de Atenção às Vítimas de Violência (RAVV) emitiu um comunicado enfatizando a necessidade de acompanhamento psicológico para as crianças afetadas, destacando os danos profundos que os abusos podem causar ao desenvolvimento emocional e psicológico dos menores.

Tags: Polícia Civil de Goiás, Estupro de Vulnerável, Aliciamento de Criança, Crimes Sexuais, DPCA, Goiânia, Hospital, Prisão Preventiva.