10 de outubro de 2024
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Pedido de Liminar para Suspender Prisão de Cacai Toledo é Negado pela Justiça

Desembargador do TJ-GO em Plantão Afirma Não Identificar Fundamentos para Acatar Pedido da Defesa.

Neste sábado (18), o desembargador Anderson Máximo de Holanda, do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), recusou o pedido de liminar para suspender a ordem de prisão preventiva de Carlos César Savastano de Toledo, conhecido como Cacai. Ele, ex-presidente do DEM (atual UB) de Anápolis e ex-auxiliar do governo estadual, teve sua prisão decretada na última quinta-feira (16) no âmbito das investigações sobre o homicídio do empresário Fábio Alves Escobar Cavalcante, ocorrido em junho de 2021, em Anápolis.

Em regime de plantão, o desembargador afirmou que a medida “não revela aberta ilegalidade, pois presentes indícios de autoria e de materialidade fática”. O julgamento definitivo do habeas corpus (HC) que busca a revogação da prisão ocorrerá no regime normal da 2ª Câmara Criminal do TJ-GO.

A defesa de Cacai alegou, no HC, a falta de elementos que o conectem à morte de Escobar e que ele está sofrendo constrangimento ilegal com a decisão da 1ª Vara Criminal da Comarca de Anápolis. Vale destacar que Cacai não foi preso, e sua defesa afirma que ele se encontra fora do país em uma viagem de negócios.

Detalhes da apuração da Polícia Civil de Goiás, revelados pelo jornal O Popular, indicam que Cacai teria solicitado ações do aparato de segurança do estado contra Escobar em quatro ocasiões, chegando a afirmar, segundo depoimento colhido no inquérito, que “só matando”. A defesa refuta tais alegações, destacando medidas judiciais tomadas por Cacai em 2019 contra Escobar, incluindo solicitação de medidas protetivas.

O advogado Pedro Paulo de Medeiros, em nota, declarou que Cacai sempre acreditou na Justiça e nas instituições, refutando a suposta afirmação de “só matando”. A defesa espera a decisão de mérito do pedido de HC.

Cacai está sob investigação como “autor intelectual” do assassinato, a partir de mensagens obtidas de seu celular. O inquérito também apura sete outras mortes que teriam ocorrido em uma aparente tentativa de encobrir o crime.

Desembargador Anderson Máximo (à esquerda) e Cacai Toledo (à direita). (Foto: Edição/ Portal 6)