O Governo de Goiás enfatiza a importância da declaração de rebanhos e da vacinação contra a raiva, destacando sua obrigatoriedade
A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) está fazendo um alerta aos pecuaristas de Goiás sobre a importância de cumprir as medidas sanitárias estabelecidas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária para a retirada definitiva da vacinação contra a febre aftosa.
Uma dessas medidas é a declaração de todos os animais presentes nas propriedades, que deve ser realizada eletronicamente até o dia 16 de junho, através do Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago), disponível no site da agência.
Segundo o presidente da Agrodefesa, José Essado, a declaração de rebanho é de extrema importância para que o Serviço Veterinário Oficial possa continuar implementando medidas de prevenção e controle de doenças, evitando qualquer retrocesso sanitário. É válido ressaltar que Goiás está em processo de transição para ser considerado zona livre de febre aftosa sem vacinação.
O presidente destaca que a declaração obrigatória de todos os rebanhos é uma das medidas estipuladas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) dentro do Planejamento Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA).
Além disso, neste mês de maio, a vacinação contra a raiva dos herbívoros é obrigatória em 119 municípios classificados como de alto risco para a doença pela Agrodefesa. Bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e equídeos (equinos, asininos e muares) de todas as idades devem ser vacinados. É igualmente obrigatório declarar a vacinação. A Agência estima que cerca de 15 milhões de animais sejam imunizados contra a raiva.
O monitoramento realizado pela Agrodefesa está em pleno andamento durante a campanha de vacinação contra a raiva, iniciada em 1º de maio, sem nenhum problema relatado até o momento. A oferta de vacinas está normalizada por meio das revendas autorizadas pela Agrodefesa.
Nesta etapa, os estabelecimentos comerciais estão realizando o controle de estoque das vacinas de forma eletrônica pelo Sidago, o que permite uma verificação em tempo real das quantidades disponíveis. Essa é a primeira vez que essa prática eletrônica está sendo adotada.
Antônio do Amaral Leal, gerente de Sanidade Animal, destaca que a Agrodefesa monitora em tempo real, por meio do Sidago, as propriedades que ainda não realizaram a declaração dos rebanhos nos 246 municípios goianos. Além disso, a vacinação contra raiva nos 119 municípios considerados de alto risco também está sendo monitorada de forma eficiente.
A agência está realizando a fiscalização das revendas de antirrábicas para garantir a integridade da cadeia do frio, bem como a fiscalização do trânsito de animais. Além disso, também está sendo realizada a vacinação assistida dos produtores que estão inadimplentes.
Os produtores que não cumprirem o prazo estabelecido para a vacinação contra a raiva em bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e equídeos enfrentarão penalidades financeiras. Será aplicada uma multa de R$ 7 por animal não vacinado de qualquer espécie. Além disso, aqueles que não realizarem a declaração do rebanho/vacinação serão multados em R$ 300 por propriedade.
Os criadores que ainda não fizeram a declaração do rebanho/vacinação permanecerão com bloqueio no Sidago, impossibilitando a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA), exceto para o abate, até o dia 31 de maio. Após essa data, as propriedades inadimplentes permanecerão bloqueadas até regularizarem a situação.
Portanto, para garantir a movimentação dos animais, é altamente recomendado que os produtores realizem a vacinação contra a raiva e façam a declaração, tanto da vacinação quanto dos demais rebanhos, o mais rápido possível.