25 de outubro de 2024
Saúde

Óbitos causados pela dengue em Goiás tiveram um aumento de 300%, aponta SES

Apesar do clima seco em Goiás, o mosquito aedes aegypti, que transmite dengue e outras doenças, continua se proliferando e os casos e mortes pela doença continuam aumentando. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que no ano passado, 38 pessoas morreram por dengue, enquanto neste ano, até o início de setembro, já foram registradas 114 mortes, um aumento de 300%.

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), Goiânia é a capital com o maior número de casos no mesmo período de janeiro a setembro, com 49.675 casos, ficando atrás apenas de Brasília, com 62.265 confirmações. O MS divulgou que mais de 1,3 milhão de casos foram notificados na região centro-oeste.

Os moradores estão preocupados com a situação e contam como estão tomando cuidado para evitar a proliferação da doença. O Iram, de Rio Verde, informou que molha os pratinhos das plantas de uma maneira que não acumule água e deixa um recado para a população: “Se todo mundo cuidasse direitinho, não haveria tantos problemas”.

A agente de endemias Ana Carolina Danda explicou que o controle de zoonoses está sendo feito, principalmente, em casas abandonadas, que podem ter objetos que acumulem água, como piscinas e caixas d’água que estejam abertas. Segundo ela, tudo isso é um foco para que os índices continuem se mantendo.

O MS revelou que a maior incidência de casos no Brasil tem sido na região centro-oeste, com 1.867,3 casos por cada 100 mil habitantes. No último ano, a dengue matou 246 pessoas na região, enquanto este ano, 854 óbitos foram confirmados.

Mortes por ano em Goiás:

2010 – 93 mortes
2011 – 51 mortes
2012 – 52 mortes
2013 – 95 mortes
2014 – 93 mortes
2015 – 102 mortes
2016 – 69 mortes
2017 – 53 mortes
2018 – 85 mortes
2019 – 100 mortes
2020 – 47 mortes
2021 – 38 mortes
2022 – 114 mortes

Diariamente, o governo do estado divulga atualizações sobre a doença e os óbitos relacionados em seu site para que a população possa acompanhar. Para eliminar os focos de reprodução do mosquito transmissor, é preciso manter os locais livres de ambientes que possam favorecer a proliferação do Aedes aegypti, tais como pneus, recipientes sem tampa, caixas d’água sem proteção, água parada e entulhos.