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13 de abril de 2025
NotíciasSaúdeÚltimas

“Mais de 1.600 crianças e adolescentes ficam órfãos por ano em Goiás, revela levantamento inédito dos cartórios”

Dados mostram impacto da Covid-19 na orfandade e reforçam necessidade de políticas públicas para proteger jovens vulneráveis.
Levantamento dos Cartórios de Registro Civil apontam que a Covid-19 deixou, desde 2019, 837 crianças órfãos de pelo menos um de seus pais em Goiás. Imprensa da Arpen-Brasil

Um levantamento inédito realizado pelos Cartórios de Registro Civil do Brasil trouxe à tona a alarmante realidade da orfandade infantil e juvenil em Goiás. Entre 2021 e 2024, mais de 1.600 crianças e adolescentes de até 17 anos perderam ao menos um dos pais anualmente no estado, destacando a vulnerabilidade de milhares de jovens diante da perda familiar.

Os dados, obtidos pelo cruzamento entre CPFs nos registros de óbitos e os registros de nascimento, marcam uma nova fase na análise da orfandade no país. Antes de 2021, a ausência de obrigatoriedade do CPF dos pais nos registros de nascimento dificultava a correlação entre as informações, limitando estudos mais precisos.

Covid-19: um divisor de águas na orfandade

A pandemia de Covid-19 desempenhou papel central nesse cenário. Em 2021, a doença foi responsável por mais de um terço das mortes de pais que deixaram órfãos em Goiás, totalizando 654 casos entre os 1.827 registrados no ano. Quando consideradas doenças relacionadas ao coronavírus, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e insuficiência respiratória, o impacto da pandemia pode ter deixado órfãs até 1.243 crianças no estado desde 2019.

A presidente da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais de Goiás (Arpen-GO), Dra. Evelyn Valente, ressaltou a importância do levantamento:

“A visibilidade dessa realidade é fundamental para garantir que essas crianças não se tornem invisíveis aos olhos do poder público. Precisamos de políticas públicas eficazes para assegurar o direito à educação, proteção e um futuro digno.”

Evolução dos números de órfãos em Goiás

O levantamento também revelou flutuações no número de órfãos nos últimos anos:

  • 2021: 1.827 crianças perderam ao menos um dos pais.
  • 2022: 1.480 casos.
  • 2023: 1.621 crianças órfãs.
  • 2024 (até outubro): 1.625 casos, superando os registros do ano anterior no mesmo período.

Entre as crianças que perderam ambos os pais, os números mostram variação menor, mas igualmente preocupante: 41 casos em 2021, 38 em 2022, 32 em 2023 e 45 até outubro de 2024.

Desafios para além da perda familiar

A orfandade não representa apenas uma perda emocional; é um gatilho para situações de vulnerabilidade social e econômica. Crianças órfãs enfrentam dificuldades que vão desde a falta de acesso à educação até a necessidade de suporte psicológico e financeiro.

Embora São Paulo seja o estado com o maior número de órfãos devido à sua população, Goiás desponta como um caso emblemático por apresentar alta proporção de órfãos relacionados à Covid-19 em comparação com outros estados.

Um chamado à ação

Especialistas alertam para a necessidade de mobilização em torno da orfandade, que frequentemente fica invisível nos debates públicos. O levantamento é uma oportunidade para que gestores públicos e a sociedade civil desenvolvam estratégias que garantam apoio e inclusão dessas crianças.

Entre as sugestões estão:

  • Criação de programas de apoio financeiro e psicológico às famílias afetadas.
  • Políticas educacionais voltadas para órfãos em situação de vulnerabilidade.
  • Campanhas de conscientização sobre a importância de identificar e proteger essas crianças.

Este levantamento é um marco não apenas para a gestão de políticas públicas, mas para a mobilização social em torno de uma questão que afeta profundamente a estrutura familiar e o futuro de milhares de jovens goianos.

Tags: #Orfandade #Covid19 #Goiás #Crianças #DireitosHumanos