Mabel reestrutura base na Câmara buscando reaproximação com dissidentes em torno da LDO e da Taxa do Lixo
Após desgaste político provocado pela CEI do Limpa Gyn, prefeito intensifica articulação pessoal com vereadores insatisfeitos para retomar o controle da pauta legislativa.

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), enfrenta um período crítico de articulação política na Câmara Municipal. Em meio à tramitação de projetos urgentes — como a revogação da Taxa do Lixo, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026 e a nova regra para contratação de temporários na Educação —, o chefe do Executivo busca reconstruir sua base legislativa, que sofreu desgaste com a criação da CEI do Limpa Gyn.
Atualmente, Mabel conta com aproximadamente 16 vereadores considerados leais. No entanto, há um esforço determinado para reintegrar ao menos quatro entre os 13 parlamentares afastados, incluindo membros independentes e alguns que assinaram a CEI, em uma clara estratégia de reequilíbrio político.
Pressões e exonerações
A crise se acentuou após o ato de força: foram exonerados Diogo Franco, secretário e irmão do então líder do governo, Igor Franco (MDB), e Eduardo Vinícius, irmão do vereador Denício Trindade (UB), ambos haviam apoiado a CEI.
Essas ações geraram críticas internas, inclusive com o ex-líder acusando Mabel de “advogar pelo Limpa Gyn.”
Maioria em xeque
A perda de espaços e a existência de voto contrário à prefeitura em comissões como FIN, CCJ e Mista expôs a fragilidade momentânea de Mabel na Casa. Apenas um quarto dos membros da CCJ permanece alinhado à base, enquanto a Comissão de Finanças tem maioria distribuída entre independentes e oposição.
Estratégia de reconquista
Diante desse cenário, o prefeito tem optado por uma abordagem personalizada: reuniões individuais com vereadores para negociar pequenas obras, atendimento a demandas locais e contrapartidas pontuais. Contudo, a política de distribuição de cargos permanece com rigidez — distante da gestão anterior — o que aumenta a resistência de parte da base.
Próximos desafios
A escolha de um novo líder do governo será decisiva para recuperar influência. O nome precisa articular com independentes e parte da oposição, e ainda, ter trânsito para garantir a governabilidade nos colegiados. A articulação passa pela decisão de como preencher vacâncias nas comissões sem desagradar uma base já fragmentada.
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