Governo Federal mobiliza 188 hospitais em maior mutirão de cirurgias e exames do SUS, com mais de 61,6 mil procedimentos
Programa Agora Tem Especialistas reúne rede pública, Santas Casas e hospitais federais em ação inédita para reduzir filas de espera e ampliar acesso a atendimento especializado no Sistema Único de Saúde.

O Ministério da Saúde anunciou a realização do mais extenso mutirão de cirurgias e exames da história do Sistema Único de Saúde (SUS), com 61,6 mil procedimentos ofertados ao longo de um fim de semana, em uma operação integrada pelo programa Agora Tem Especialistas. A iniciativa reúne, de forma inédita, 188 hospitais públicos e filantrópicos para atendimento de pacientes previamente agendados em todas as regiões do país, abrangendo os 26 estados e o Distrito Federal.
A ação está marcada para ocorrer no sábado (13) e domingo (14), com o objetivo de reduzir o tempo de espera por consultas, exames e cirurgias eletivas nas principais especialidades médicas, como gastroenterologia, urologia, ortopedia, cardiologia e cirurgias reparadoras, entre outras.
O mutirão, definido pelo governo como o maior já realizado no SUS, integra esforços de hospitais universitários da Rede Ebserh — vinculada ao Ministério da Educação — com Santas Casas de Misericórdia, hospitais filantrópicos e unidades federais de saúde, ampliando significativamente a oferta de serviços especializados no sistema público.
Estrutura do mutirão e oferta de serviços
Do total de procedimentos planejados, 11,5 mil são cirurgias eletivas programadas, realizadas de forma articulada entre as instituições participantes. As Santas Casas e hospitais filantrópicos responderão por mais de 9 mil dessas cirurgias, abrangendo intervenções como bariátrica por videolaparoscopia, colecistostomia, plástica abdominal, hernioplastias e vasectomias.
Ao lado das unidades assistenciais filantrópicas, 45 hospitais universitários federais administrados pela Ebserh se somam à mobilização, ofertando cerca de 2,2 mil cirurgias, além de 9,2 mil consultas e 40,7 mil exames diagnósticos, incluindo ultrassonografias, tomografias e ressonâncias magnéticas.
Participam também do esforço instituições federais especializadas, como o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) e unidades hospitalares públicas no Rio de Janeiro com atuação em diversas áreas clínicas.
Desafio de filas de espera e estratégia ampliada
A iniciativa faz parte do programa Agora Tem Especialistas, criado pelo governo federal com o propósito de reduzir o tempo de espera por atendimento especializado em todo o SUS, em complemento às ações rotineiras de consulta e procedimentos diagnósticos. Além dos mutirões, o programa prevê a oferta de serviços por meio de estruturas móveis de saúde, ampliação de horários em unidades de atendimento e parcerias com hospitais privados — estes últimos por meio da compensação de dívidas junto à União, conforme já anunciado oficialmente pelo Ministério da Saúde.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou que a mobilização conjunta de hospitais públicos e filantrópicos demonstra a capacidade do SUS de mobilizar recursos e resposta institucional em grande escala. A participação ampliada das Santas Casas e de instituições privadas sem fins lucrativos atende a demandas reprimidas de longa duração, reforçando a estratégia de integração entre diferentes segmentos do sistema de saúde pública.
Expectativas e impacto
Autoridades de saúde pública e gestores hospitalares afirmam que o mutirão deve não apenas desafogar filas de espera, mas também proporcionar acesso rápido a diagnósticos e tratamentos que frequentemente aguardam meses ou anos para serem realizados na rede convencional. A inclusão de procedimentos de média e alta complexidade, em caráter nacional e simultâneo, reforça a dimensão inédita da operação.
Especialistas ressaltam que ações desse porte podem contribuir para desafogar sistemas de regulação e centrais de vagas em estados e municípios, além de estimular práticas de cooperação interinstitucional entre unidades federais, filantrópicas e públicas estaduais e municipais.
O mutirão ocorre em um momento em que o SUS enfrenta desafios acumulados de oferta e demanda de serviços especializados, e representa um esforço coordenado para quebrar ciclos de longas filas de espera que afetam a população dependente exclusivamente da rede pública de saúde.
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