11 de fevereiro de 2025
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Governo de Goiás Prorroga Situação de Emergência para Prevenção da Influenza Aviária

A medida permite que a Agrodefesa intensifique esforços nas ações de conscientização, prevenção, monitoramento e combate à gripe aviária em território goiano.
Sob vigilância da Agrodefesa, avicultura goiana segue sem registros de casos de Influenza Aviária (Fotos: Enio Tavares)

O Governo de Goiás anunciou, por meio do Suplemento do Diário Oficial do Estado (DOE), a prorrogação, por mais 180 dias a partir de 30 de janeiro, da situação de emergência zoossanitária no estado. O Decreto nº 10.393 tem como objetivo a prevenção e mitigação do risco da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP-H5N1). A medida permite que a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) intensifique esforços nas ações de conscientização, prevenção, monitoramento e combate à gripe aviária em território goiano.

Até o momento, Goiás não registrou nenhum caso de Influenza Aviária, seja em aves silvestres, de subsistência (de quintal) ou em granjas comerciais. O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, destacou o sucesso na conscientização dos produtores, ressaltando que a prorrogação permitirá ampliar as ações, munindo equipes com novas ferramentas de combate e reforçando barreiras sanitárias.

“A prorrogação da vigência do status de emergência zoossanitária, com o apoio do Ministério da Agricultura e Pecuária, nos permite ampliar o escopo de ações, seja munindo nossas equipes com novas ferramentas de combate, seja na adoção de barreiras sanitárias mais eficientes ou ainda dando mais celeridade para identificar possíveis focos”, afirmou Ramos.

Investimentos em Prevenção

Em janeiro, a Agrodefesa captou mais de R$ 2,2 milhões no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para ações preventivas contra a Influenza Aviária em Goiás. O país adotou medidas desde maio do ano passado para proteger a cadeia da avicultura nacional, quando o Ministério decretou estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional pela Portaria nº 587/2023.

Rafael Vieira, gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, enfatizou que Goiás está em uma situação epidemiologicamente confortável em comparação com outros estados brasileiros. Contudo, ele ressaltou a importância de manter esforços contínuos na prevenção para evitar a entrada da doença no estado e preparar-se para possíveis cenários adversos.

Decisões Estratégicas com o Recurso Captado

Com a prorrogação do decreto de emergência, o Estado mantém condições para a realização de processos simplificados e ágeis para evitar a entrada da doença em Goiás. O recurso captado permitirá a atuação em duas frentes: ações preventivas e medidas emergenciais caso o vírus seja detectado dentro das fronteiras goianas.

O apoio dos avicultores é fundamental, e a Agrodefesa enfatiza a importância de seguir as orientações, como a utilização de telas em locais de criação de aves ao ar livre, garantindo a segurança sanitária. A Instrução Normativa nº 10/2023 estabelece o prazo de 31 de janeiro para o registro ou recadastramento de estabelecimentos comerciais avícolas, juntamente com a declaração de biosseguridade em granjas avícolas.

Sobre a Influenza Aviária

A influenza aviária é uma doença causada por vírus, transmitida por diferentes meios, incluindo ar, água, alimentos e contato direto com aves contaminadas. Goiás mantém-se livre de casos, mas é essencial manter as ações de prevenção para garantir a segurança na avicultura. O consumo de carne e ovos não representa risco, pois esses produtos passam por tratamento térmico que inativa o vírus.

O Painel para consulta de casos confirmados do vírus IAAP-H5N1, atualizado em tempo real pelo Mapa, até 16 de janeiro de 2024, registrou mais de 2.500 suspeitas, com 151 confirmações laboratoriais. Até o momento, nenhum caso afetou estabelecimentos comerciais em Goiás, com registros concentrados em outros estados brasileiros. A vigilância e prevenção permanecem fundamentais para preservar a saúde avícola no estado.