12 de dezembro de 2024
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Ex-presidente do DEM Cacai Toledo, é Indiciado por Homicídios em Anápolis: Foragido e Envolvimento de Dez PMs

No último dia 16 de novembro, a Justiça decretou a prisão de Cacai, que segue foragido.
Polícia Civil finalizou o inquérito do caso Fábio Escobar. (Foto: Reprodução)

O cenário político de Anápolis, em Goiás, se viu abalado com o recente indiciamento do ex-presidente do DEM, atualmente filiado à União Brasil após a fusão com o PSL, Carlos César Savastano Toledo, conhecido como Cacai. O político foi alvo de um processo conduzido pela Polícia Civil, que o indiciou juntamente com dez policiais militares, pela morte de Fábio Alves Escobar Cavalcante, ocorrida em junho de 2021. No último dia 16 de novembro, a Justiça decretou a prisão de Cacai, que segue foragido.

O caso não se restringe a uma única vítima, visto que outras sete pessoas também perderam a vida. Segundo as investigações, Cacai teria sido o mandante desses crimes, e oito dos dez policiais militares indiciados teriam participado ativamente nos homicídios. O desdobramento dessa trama complexa foi enviado à 1ª Vara Criminal da Comarca de Anápolis pela Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), que apresentou o relatório final da investigação na última sexta-feira (24).

No momento em que a prisão foi decretada, o advogado de Cacai, Pedro Paulo de Medeiros, emitiu uma nota enfatizando a falta de elementos concretos contra seu cliente. Medeiros classificou a sentença como “absolutamente ilegal” e sugeriu que a investigação foi conduzida com base apenas nas suposições de um inimigo político. O advogado argumentou que, após analisar a investigação, não havia nada que ligasse Carlos César Savastano Toledo ao crime, questionando assim a necessidade e sustentabilidade do pedido de prisão preventiva.

Em uma nova declaração, a defesa reafirmou que Cacai e Fábio Escobar haviam se reconciliado após um período de discussões e medidas protetivas judiciais. O advogado alegou que mensagens trocadas entre eles, comprovadas no inquérito, demonstram a reconciliação, destacando que não há motivos para Carlos querer prejudicar Fábio.

Pedro Paulo de Medeiros expressou a confiança de seu cliente na Justiça e na isenção das autoridades responsáveis pela investigação. Ele enfatizou a convicção de que as autoridades não protegerão qualquer interessado em causar mal a Fábio nem perseguirão inocentes por motivação política ou para proteger terceiros. O desdobramento desse caso complexo está atento às próximas decisões judiciais e desafios enfrentados pelos envolvidos, lançando uma sombra sobre o cenário político local.