13 de novembro de 2024
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Antigos trabalhadores da farmácia Santa Marta realizam manifestação denunciando falta de pagamento de seus direitos trabalhistas.

Trabalhadores demitidos da drogaria Santa Marta, localizada na Avenida Assis Chateaubriand, no Setor Oeste em Goiânia, protestaram nesta sexta-feira (16) alegando que não receberam seus direitos trabalhistas. Os ex-funcionários afirmam que não foram pagos os valores de verbas rescisórias e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) não foi depositado em alguns meses de 2021, 2022 e 2023. A empresa entrou com pedido de recuperação judicial. Um dos ex-funcionários, Edeberger Cavalcanti, que trabalhava na drogaria desde 2016, acusa a empresa de agir com “má fé”. Segundo ele, mesmo após ter sido informado que seria pago dentro de 10 dias úteis, o pagamento não foi realizado. A Santa Marta justificou o atraso nos pagamentos dos últimos três meses como resultado da queda nas vendas durante o Carnaval. A empresa informou ainda que teria uma reunião com o Sindicato dos Farmacêuticos de Goiás e o Sindicato dos Empregados no Comércio Varejista e Atacadista de Produtos Farmacêuticos de Goiás para buscar uma solução.

Os trabalhadores foram surpreendidos com o pedido de recuperação judicial da empresa em que trabalhavam na Avenida Assis Chateaubriand, em Goiânia. Eles afirmam que ainda não receberam seus direitos trabalhistas, como as verbas rescisórias e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) referente aos meses de dezembro/2021, janeiro, fevereiro, março, abril, setembro, outubro, novembro e dezembro de 2022, além de janeiro e fevereiro de 2023. Edeberger Cavalcanti, farmacêutico da empresa desde 2016, alega que a diretoria da empresa não conseguiu chegar a nenhum acordo com os sindicatos e que a única informação dada aos funcionários foi que eles receberiam baixa em suas carteiras de trabalho para solicitar o seguro-desemprego e sacar o FGTS, que no seu caso tem 11 meses de atraso. A empresa pediu recuperação judicial pela segunda vez, alegando um passivo de R$ 93,1 milhões, decorrente dos prejuízos acumulados desde o início da pandemia, que levaram ao fechamento de 23 lojas e à demissão de 350 funcionários. Especialistas afirmam que o segundo pedido pode prejudicar credores que estavam incluídos no primeiro plano de recuperação e que os trabalhadores demitidos terão que ingressar com ações na Justiça do Trabalho para terem seus créditos habilitados no plano de recuperação judicial. A diretoria chegou a perguntar aos funcionários sobre quem teria interesse em ser desligado da empresa de forma voluntária, com a promessa de receber todos os seus direitos, o que não aconteceu para muitos ex-funcionários, incluindo aqueles com mais de 15 anos de empresa. A reportagem entrou em contato com a drogaria Santa Marta sobre as reivindicações dos trabalhadores, mas ainda aguarda retorno.

A drogaria Santa Marta emitiu uma nota afirmando que respeita o direito dos ex-colaboradores de se manifestarem e compreende as dificuldades que enfrentam. A empresa reiterou que a prioridade nesse momento de recuperação judicial são os trabalhadores e que todos estão com salários em dia. Segundo a nota, as verbas rescisórias estão inclusas no processo de recuperação judicial, o que proporciona segurança para os trabalhadores, uma vez que o pagamento a eles é uma prioridade dentro do processo. A empresa também informou que os ex-funcionários já podem dar entrada no saque do FGTS e no seguro-desemprego.