Personalizar preferências de consentimento

Usamos cookies para ajudá-lo a navegar com eficiência e executar determinadas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies em cada categoria de consentimento abaixo.

Os cookies categorizados como "Necessários" são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para permitir as funcionalidades básicas do site.... 

Sempre ativo

Os cookies necessários são requeridos para habilitar os recursos básicos deste site, como fornecer login seguro ou ajustar suas preferências de consentimento. Esses cookies não armazenam nenhum dado de identificação pessoal.

Nenhum cookie para mostrar

Os cookies funcionais ajudam a executar determinadas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedback e outros recursos de terceiros.

Nenhum cookie para mostrar

Cookies analíticos são usados ​​para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre métricas como número de visitantes, taxa de rejeição, fonte de tráfego etc.

Nenhum cookie para mostrar

Os cookies de desempenho são usados ​​para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a oferecer uma melhor experiência de usuário aos visitantes.

Nenhum cookie para mostrar

Os cookies de publicidade são usados ​​para fornecer aos visitantes anúncios personalizados com base nas páginas que você visitou anteriormente e para analisar a eficácia das campanhas publicitárias.

Nenhum cookie para mostrar

12 de abril de 2025
NotíciasPolíciaÚltimas

Empresários do setor de ouro são denunciados por sonegar R$ 790 milhões em impostos

MPF acusa grupo de omitir movimentações financeiras à Receita Federal; um dos sócios já foi investigado por compra ilegal de ouro. Justiça Federal aceita denúncia.
Conduta dos empresários denunciados é citada pelo MPF em outras investigações — Foto: Foto: Divulgação/Polícia Federal

Três empresários, sócios de uma empresa especializada no comércio atacadista de produtos minerais em Goiás, tornaram-se réus na Justiça Federal sob a acusação de sonegar R$ 790,2 milhões em impostos. A denúncia, apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), aponta que o grupo ocultou transações financeiras realizadas entre 2016 e 2018, violando a legislação tributária e causando prejuízo significativo aos cofres públicos.

A denúncia, assinada pelo procurador regional da República Célio Vieira da Silva, foi recebida pelo juiz Omar Bellotti Ferreira, da 5ª Vara da Seção Judiciária de Goiás, no dia 18 de novembro. O MPF afirma que os investigados não registraram movimentações financeiras em suas declarações fiscais, dificultando o rastreamento das transações e a cobrança de impostos devidos.


Esquema detalhado

A investigação conduzida pela Receita Federal identificou pagamentos a pessoas físicas e jurídicas, bem como transações por meio de cartões de débito, boletos e cheques, sem que houvesse justificativa ou documentação que respaldasse essas operações. Conforme o MPF, a ausência de registros apropriados impediu a verificação da origem dos valores e a comprovação das causas das movimentações.

“Esses pagamentos não foram declarados ao órgão fazendário, impossibilitando a fiscalização sobre a origem dos recursos e a devida tributação. Trata-se de um esquema sofisticado de omissão de informações e ocultação de receitas”, ressaltou o procurador.

O total de impostos sonegados, atualizado com juros e multa, foi calculado pela Receita Federal em R$ 790.287.982,75.


Histórico de irregularidades

Um dos sócios já foi investigado anteriormente por compra ilegal de ouro, o que pode agravar a pena em caso de condenação. Segundo especialistas, irregularidades no mercado de ouro frequentemente envolvem crimes tributários e ambientais, como o uso de ouro de origem ilegal para lavar dinheiro e evitar o pagamento de impostos.


Acusações e penas previstas

Os empresários foram denunciados por omissão de informações e falsidade ideológica tributária, conforme previsto na Lei nº 8.137/1990. Caso condenados, podem enfrentar penas de dois a cinco anos de prisão, além de multas proporcionais aos valores sonegados.

A denúncia ainda pede o agravamento das penas pela prática continuada dos crimes. O MPF também apresentou planilhas elaboradas pela Receita Federal que detalham as movimentações financeiras suspeitas e as inconsistências fiscais.


Impacto no setor de ouro

Especialistas apontam que o caso evidencia fragilidades na fiscalização do setor de ouro no Brasil, que ainda carece de rastreabilidade e maior controle sobre a origem dos recursos.

“Casos como esse não apenas prejudicam os cofres públicos, mas também minam a credibilidade do mercado de ouro, dificultando o combate ao garimpo ilegal e à lavagem de dinheiro”, afirmou um analista tributário consultado para a matéria.


Próximos passos

Com a denúncia aceita pela Justiça Federal, os réus deverão apresentar defesa. A Receita Federal informou que intensificará as investigações no setor, visando coibir práticas ilícitas e aumentar a transparência nas operações financeiras relacionadas à comercialização de minerais.

A empresa e os sócios ainda não se manifestaram oficialmente sobre as acusações.


Tags: #SonegaçãoFiscal #JustiçaFederal #SetorDeOuro #ReceitaFederal #Corrupção