Cruzamento perigoso: colisão entre carros na Região Noroeste de Goiânia reacende debate sobre segurança viária
Acidente na manhã deste sábado (6), flagrado por morador, expõe riscos recorrentes no cruzamento entre a Avenida 17 de Março e a Rua Otávio Lúcio. Moradores cobram medidas urgentes de sinalização e fiscalização.
Um acidente registrado na manhã deste domingo (6), no cruzamento entre a Avenida 17 de Março e a Rua Otávio Lúcio, na Região Noroeste de Goiânia, voltou a acender o alerta sobre os riscos no tráfego urbano em pontos críticos da capital. A colisão, envolvendo dois veículos de passeio, foi flagrada por um seguidor e encaminhada às redes sociais, mostrando o exato momento do impacto, que assustou moradores e comerciantes da região.
Segundo relatos colhidos no local, não houve registro de feridos graves, mas os danos materiais foram significativos. O barulho da batida atraiu a atenção de pedestres e motoristas, reforçando a preocupação com a insegurança crônica no cruzamento. “É quase toda semana. A gente escuta o estrondo, sai correndo pra ver o que aconteceu. Já avisamos, já pedimos ajuda”, lamentou um comerciante da região, que trabalha em frente à marmoraria O Marmorista, ponto de referência nas imagens.
De acordo com informações da Superintendência Municipal de Trânsito (SMT), agentes foram rapidamente enviados ao local para organizar o fluxo e evitar novos acidentes, já que a colisão causou lentidão e congestionamento parcial nas duas vias. Ainda segundo a SMT, o trecho é monitorado regularmente, mas ainda carece de medidas estruturais mais eficazes, como redutores de velocidade, semáforos ou reforço na sinalização horizontal e vertical.
Moradores afirmam que a ausência de uma faixa de pedestres visível, sinalização de pare e fiscalização eletrônica torna o cruzamento um dos mais perigosos da região, especialmente nos horários de pico. A movimentação intensa, somada à imprudência de alguns motoristas, contribui para o alto índice de colisões.
Em nota, a Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM) afirmou que fará um levantamento técnico no local nos próximos dias para avaliar possíveis intervenções. O órgão destacou ainda que Goiânia tem mais de 13 mil cruzamentos urbanos e que a prioridade para instalação de novos dispositivos de segurança é feita com base em critérios como volume de tráfego, número de acidentes registrados e denúncias da população.
O Instituto Cidades em Movimento, organização voltada à mobilidade urbana sustentável, classifica como “zonas de alto risco” os cruzamentos com registros frequentes de colisões, ausência de controle semafórico e infraestrutura deficiente para pedestres. “Cada ponto como esse representa uma oportunidade de agir antes que vidas sejam perdidas. A prevenção deve ser prioridade”, afirma o urbanista Henrique Porto.
Enquanto isso, moradores da Região Noroeste pedem urgência. “A SMT aparece depois do acidente. Queremos que venham antes, para evitar que aconteça de novo. Aqui passam crianças, idosos, e não temos nem lombada”, desabafa dona Terezinha, moradora da Rua Otávio Lúcio há mais de 15 anos.
A reportagem seguirá acompanhando as movimentações da Prefeitura de Goiânia para verificar se novas ações serão implementadas no cruzamento em questão.
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