18 de setembro de 2024
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Crescimento de casos de câncer de pulmão por causa do cigarro eletrônico

O médico oncologista do Grupo Hapivida NDI, Flávio Dias de Oliveira, alerta que o aumento do consumo de cigarro eletrônico pode estar relacionado ao crescimento de casos de câncer de pulmão. Ele destaca que, nos últimos 10 anos, os cigarros eletrônicos têm ganhado popularidade, principalmente entre os adultos jovens. No entanto, ele ressalta que essa nova forma de fumar é mais agressiva e prejudicial que o cigarro convencional.

Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) indicam que o Brasil gasta cerca de R$ 125 bilhões por ano para tratar doenças relacionadas ao tabagismo. A maioria dos casos de câncer de pulmão é detectada após 5/8 do tempo de vida do pulmão, e os profissionais da saúde têm pouco mais de 3/8 do tempo de vida desse órgão para buscar a recuperação.

O médico afirma que o tabagismo, em qualquer formato, envolve muitas substâncias químicas que afetam os bronquíolos e podem levar ao câncer de pulmão. No caso do cigarro convencional, são 4.700 substâncias tóxicas, sendo em torno de 20% delas cancerígenas. Por isso, ele recomenda que ex-fumantes continuem fazendo exames periódicos mesmo após 30 anos de cessação do fumo. Ele também destaca que a consulta médica regular é fundamental, mesmo após deixar de fumar, pois a diminuição do risco de doenças cardiovasculares leva anos para ocorrer, e no caso do pulmão, pode levar até 30 anos.

Sinais de alerta

O médico oncologista do Grupo Hapvida NDI, Dr. Flávio Dias de Oliveira, ressalta alguns sinais importantes que devem ser levados em consideração como possíveis alertas para o câncer de pulmão. Ele alerta para a importância de prestar atenção nos sinais do corpo, tais como a presença de sangue no escarro, tosse seca persistente, pneumonia recorrente na mesma região em exames diferentes, que indicam a existência de lesão. Segundo o especialista, doenças como bronquite e enfisema pulmonar apresentam um risco pelo menos dez vezes maior de ocorrer em fumantes do que em não fumantes, além de aumentar o risco de ocorrências como infarto e AVC.

O médico ainda esclarece que a fumaça do cigarro que é expelida para o ar é mais tóxica do que aquela que passa pelo filtro do cigarro e é inalada pelo fumante, o que coloca em risco também os fumantes passivos. Para prevenir o câncer de pulmão, Dr. Flávio Dias reforça a importância de visitas periódicas ao médico, realização de exames e, em alguns casos, o uso de medicamentos prescritos pelo médico, especialmente para aqueles que buscam deixar o tabagismo para trás.