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24 de junho de 2025
JustiçaNotíciasPolíciaÚltimas

Colisão trágica na BR-153: Jovens morrem após moto bater de frente com caminhão em trecho perigoso próximo a Itapaci

Pedro Augusto, de 18 anos, e Kelly Damasceno, de 19, morreram ainda no local após a motocicleta em que estavam colidir violentamente contra um caminhão. Acidente reacende alerta sobre riscos de ultrapassagens mal calculadas e fragilidade estrutural da rodovia.
Destroços do caminhão e da moto ficaram espalhados sobre a pista (Reprodução/PRF)

Duas vidas interrompidas em segundos. Pedro Augusto Alves Rodrigues, de apenas 18 anos, e Kelly Damasceno Santos, de 19, perderam a vida no início da noite do último sábado (7), em uma colisão frontal devastadora entre a motocicleta em que estavam e um caminhão, na BR-153, nas proximidades do trevo de acesso ao município de Itapaci, no Norte goiano.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), informações preliminares indicam que o acidente teria ocorrido no momento em que a moto, modelo CG Titan, tentou realizar uma ultrapassagem em trecho de pista simples, colidindo de frente com o caminhão, que seguia em sentido contrário. A dinâmica do acidente ainda será confirmada por meio de perícia técnica, coordenada pela Polícia Científica de Goiás.

A colisão ocorreu por volta das 18h, em um dos trechos considerados críticos da rodovia federal, segundo apontam dados do Relatório Anual de Acidentes da PRF. A concessionária Ecovias do Araguaia, responsável pela administração da via, confirmou que a rodovia precisou ser parcialmente interditada para atendimento às vítimas e realização dos procedimentos de segurança.

Cenário de destruição e morte imediata

A violência do impacto foi tamanha que os dois jovens morreram ainda no local, antes da chegada de equipes de resgate. Imagens divulgadas pela PRF mostram a motocicleta completamente destruída, com peças espalhadas pelo acostamento e pela pista. O caminhão, que transportava carga não especificada, saiu da pista e só parou após invadir uma área de vegetação às margens da BR-153. A cabine do veículo ficou parcialmente destruída.

O condutor do caminhão, de 56 anos, não se feriu e permaneceu no local até a chegada da polícia. Submetido ao teste do bafômetro, o resultado foi negativo para ingestão de álcool.

Jovens eram naturais da região e conhecidos na comunidade

Pedro Augusto e Kelly Damasceno eram naturais de cidades da região e frequentemente se deslocavam de moto entre municípios próximos, segundo relatos de moradores. Amigos próximos, ouvidos pela reportagem, descreveram os dois como “jovens cheios de sonhos”, que costumavam circular com frequência pelo trecho onde aconteceu o acidente.

“É um pedaço da BR onde todo mundo sabe que é arriscado ultrapassar. Quem é da região tem medo. Mas também não há alternativa. É pista simples, com tráfego pesado e acostamento quase inexistente em muitos pontos”, relatou um comerciante de Itapaci, que preferiu não se identificar.

Rodovia crítica: BR-153 entre os trechos mais perigosos do Centro-Oeste

Conhecida como “Rodovia Transbrasiliana”, a BR-153 é uma das mais extensas do país, atravessando o Brasil de norte a sul. No trecho goiano, porém, grandes extensões ainda não foram duplicadas, mantendo apenas pista simples para fluxos cada vez mais intensos de veículos leves e de carga.

Segundo o Anuário da Confederação Nacional do Transporte (CNT), esse trecho específico da BR-153 entre Jaraguá e Porangatu registra índice elevado de acidentes com morte, sobretudo em finais de semana, quando o fluxo aumenta em função do deslocamento de moradores entre pequenas cidades e a capital.

A Ecovias do Araguaia informou, por meio de nota, que o plano de duplicação da BR-153 está em andamento em segmentos prioritários, mas que ainda depende de licenças ambientais e readequações contratuais. Enquanto isso, trechos sinuosos e sem terceira faixa continuam representando um risco diário para quem trafega pela rodovia.

Perícia e investigação

A Polícia Técnico-Científica compareceu ao local e realizou os levantamentos para a elaboração do laudo pericial, que deve indicar com mais precisão a dinâmica da colisão. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Itapaci, com apoio da PRF e da concessionária.

Entre os pontos a serem apurados estão:

  • O local exato da tentativa de ultrapassagem;
  • A velocidade dos veículos no momento da colisão;
  • Condições de visibilidade e sinalização da pista;
  • Possível falha mecânica ou humana.

Dor e revolta: comunidade pede sinalização e obras urgentes

Em redes sociais, amigos e familiares das vítimas expressaram dor e revolta. “Mais duas vidas levadas por uma estrada que já deveria estar duplicada há anos. Não é só acidente, é descaso com o interior”, escreveu uma amiga de Kelly.

Entidades locais, como a Associação Comercial de Itapaci, cobraram ações mais efetivas para ampliar a segurança no trecho. “Enquanto não houver duplicação e melhorias, mais jovens vão morrer. É inadmissível que rodovias federais em pleno 2025 ainda tenham as mesmas condições de 30 anos atrás”, declarou o presidente da entidade, em nota pública.


Não são apenas números

Pedro e Kelly não são estatística. São rostos, histórias, sonhos interrompidos. A tragédia que os vitimou reabre um debate recorrente no Brasil: por quanto tempo vidas continuarão sendo ceifadas pela omissão em infraestrutura e pela imprudência em rodovias de alto risco? A resposta, como sempre, parece tardar — e custa caro demais.

Tags: #AcidenteBR153 #TrânsitoGoiás #Motocicleta #Itapaci #PRF #SegurançaViária #EcoviasDoAraguaia #InfraestruturaRodoviária #TragédiaNaEstrada