Colisão Reitera Perigosidade de Cruzamento no Setor Serra Dourada, Aparecida de Goiânia
Moradores clamam por medidas urgentes para prevenir novos acidentes em interseção crítica.
Na manhã desta sexta-feira (4), um novo acidente de trânsito foi registrado no já conhecido e perigoso cruzamento entre a Avenida Ipiranga e a Rua Santo Antônio, em frente aos edifícios residenciais do Setor Serra Dourada, em Aparecida de Goiânia. A colisão reacende o debate sobre a insegurança viária na região e a falta de medidas preventivas por parte do poder público.
Embora o acidente não tenha deixado feridos graves, segundo as primeiras informações de moradores, o episódio reforça a estatística preocupante de ocorrências no local, onde o fluxo intenso de veículos e a ausência de sinalização eficiente transformaram a esquina em um ponto crítico.
“Aqui virou uma roleta-russa. Toda semana tem batida. É uma questão de tempo até acontecer algo mais grave”, alertou o morador Júlio Cézar, que vive há 12 anos no bairro e presenciou pelo menos quatro acidentes só neste ano.
Moradores e comerciantes da região relatam que já encaminharam ofícios à Prefeitura de Aparecida de Goiânia, solicitando providências, como a instalação de semáforos, rotatórias ou redutores de velocidade. Até o momento, não houve retorno concreto. A população teme que a omissão possa custar vidas.
Além da ausência de sinalização vertical e horizontal visível, o traçado da via e a velocidade média dos veículos contribuem para a elevada taxa de colisões no ponto. O cruzamento liga importantes bairros residenciais e serve de rota alternativa para motoristas que desejam evitar vias mais congestionadas da cidade.
Sinal de Alerta
Segundo dados da Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito (SMTA) — em levantamento de 2024 obtido pela reportagem —, o Setor Serra Dourada aparece entre os bairros com maior incidência de acidentes em Aparecida de Goiânia, especialmente nas imediações da Avenida Ipiranga.
Apesar das estatísticas e da pressão popular, o local ainda carece de engenharia de tráfego adequada, placas de sinalização e fiscalização por parte da Guarda Civil Metropolitana.
“A cidade cresceu, os prédios aumentaram, o trânsito triplicou, mas a infraestrutura continua a mesma de uma década atrás”, criticou a comerciante Lúcia Rodrigues, que mantém uma padaria a poucos metros do cruzamento.
Até o momento da publicação desta matéria, a Prefeitura de Aparecida de Goiânia e a SMTA não se pronunciaram oficialmente sobre o caso ou sobre as medidas que poderiam ser adotadas para reverter o cenário.
Enquanto isso, os moradores seguem clamando por mais atenção, esperando que a próxima manchete não seja marcada por tragédia.
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