Perseguição policial termina com viatura tombada e colisão em Jataí; motorista de caminhonete continua foragido
Durante acompanhamento tático a uma Amarok que desobedeceu ordem de parada, viatura da PM perdeu o controle e colidiu com dois veículos no Setor Maximiano Peres. Polícia busca o condutor e investiga as circunstâncias do acidente.
Uma perseguição policial de alta tensão nas ruas de Jataí, no sudoeste goiano, resultou em um acidente envolvendo três veículos e uma viatura da Polícia Militar tombada no final da tarde desta quarta-feira (9). Apesar do impacto e dos danos materiais, não houve registro de feridos.
Segundo informações oficiais do 15º Batalhão da Polícia Militar (BPM), a ação teve início quando o condutor de uma Volkswagen Amarok branca ignorou uma ordem de parada, motivando uma perseguição por parte da equipe policial. Durante o acompanhamento, no cruzamento entre a Rua Miguel de Assis e a Rua 10, no Setor Maximiano Peres, a viatura perdeu o controle, tombou lateralmente e atingiu outros dois veículos que transitavam pela via — um Toyota Corolla e uma Toyota Hilux, ambos com danos significativos nas frentes.
Viatura tombada e fuga bem-sucedida
Cenas gravadas por testemunhas minutos após o acidente mostram a viatura tombada de lado, com marcas de frenagem no asfalto e os dois veículos civis danificados. A caminhonete Amarok, alvo da operação, conseguiu escapar imediatamente após a colisão e, até o momento, o condutor segue foragido.
Agentes do 15º BPM e da Polícia Técnico-Científica estiveram no local para realizar perícia e coletar elementos que ajudem na reconstrução da dinâmica do acidente. Câmeras de segurança de comércios e residências próximas já foram requisitadas para análise e identificação da placa da Amarok e do motorista envolvido.
Operação dentro do protocolo, diz PM
Em nota oficial, o comando do 15º BPM informou que a viatura estava “em diligência operacional regular” no momento da ocorrência e que todos os protocolos legais e operacionais foram seguidos. A corporação confirmou que será instaurado procedimento interno de apuração para esclarecer as circunstâncias do acidente e verificar se houve falha técnica, humana ou estrutural durante o acompanhamento tático.
A PM não detalhou os motivos que levaram à tentativa de abordagem do condutor da Amarok, mas fontes ligadas à segurança pública ouvidas pela reportagem apontam que a placa do veículo estaria relacionada a investigações anteriores sobre receptação de cargas e uso de automóveis clonados na região. No entanto, essa hipótese ainda não foi confirmada oficialmente.
Trânsito interrompido e danos materiais
A colisão causou interdição parcial do cruzamento por cerca de duas horas, até que os veículos fossem retirados por guinchos particulares e do Estado. O local, de grande fluxo, liga bairros residenciais a áreas comerciais e tem histórico de acidentes em razão da falta de semáforos e sinalização vertical deficiente — o que agora reacende o debate local sobre a urgente necessidade de requalificação viária.
O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas os ocupantes dos veículos civis e os policiais na viatura recusaram encaminhamento hospitalar após avaliação no local.
Fuga e impunidade: desafio persistente
Casos como esse — em que suspeitos fugem após desobedecer ordem policial e provocam acidentes — têm se tornado recorrentes no interior de Goiás. Só em 2024, ao menos 17 episódios semelhantes foram registrados, de acordo com levantamento parcial da Secretaria de Segurança Pública (SSP-GO). A dificuldade em capturar condutores em fuga expõe falhas na cobertura de monitoramento eletrônico e na articulação entre as forças de segurança e os sistemas de inteligência.
A Polícia Civil deve assumir a investigação nos próximos dias, com apoio do serviço de inteligência da PM, que mapeia rotas de fuga rurais e pontos de desmanche clandestinos na região sudoeste do estado.
Expectativa por respostas
Enquanto o condutor da Amarok segue desaparecido, a população de Jataí, abalada pela cena do acidente em plena luz do dia, espera por respostas rápidas e eficazes. Comerciantes da região afetada relataram preocupação com o aumento de perseguições policiais em áreas urbanas sem infraestrutura para manobras de alta velocidade.
“Foi um susto muito grande. Poderia ter atingido alguém na calçada, uma criança. A rua é estreita. Tem comércio, escola, gente passando o tempo todo”, um comerciante local.
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