5 de dezembro de 2025
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Vacinação e diagnóstico precoce salvam vidas: Goiás reforça alerta contra a meningite às vésperas do Dia Mundial

Com dados atualizados, Secretaria de Saúde destaca importância da imunização e da atenção aos sintomas. HDT confirma queda nos casos, mas reforça que a forma bacteriana ainda representa ameaça real e exige resposta imediata.
Meningite pode ser prevenida com vacinação: imunizantes estão disponíveis no Calendário Nacional de Imunização (Foto: Iron Braz)

À medida que se aproxima o Dia Mundial de Combate à Meningite, celebrado em 24 de abril, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) e o Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT) lançam um importante alerta à população: a meningite ainda mata — e a única forma eficaz de combate é a prevenção, especialmente pela vacinação.

A doença, que é caracterizada pela inflamação das meninges (membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal), pode ter origem viral, bacteriana ou fúngica, sendo a forma bacteriana a mais grave e agressiva. Segundo especialistas, a rápida progressão e a possibilidade de sequelas neurológicas tornam a identificação precoce um fator decisivo entre a vida e a morte.


Números que preocupam, mas também sinalizam avanço

De acordo com a SES-GO, foram registrados 290 casos de meningite em Goiás ao longo de 2024. Já em 2025, até o mês de março, foram confirmados 30 casos, número inferior ao mesmo período do ano anterior, que teve 52 confirmações.

No HDT — referência no tratamento de doenças infecciosas no estado —, foram notificadas 165 ocorrências de meningite em 2024, com 127 casos confirmados e seis mortes. Em 2025, o hospital já investigou 30 casos, com 16 confirmações até o momento. Nenhum óbito foi registrado este ano, embora oito casos sigam sob análise.


Silenciosa e perigosa: a meningite não escolhe idade

A infectologista pediátrica Roberta Rassi, do HDT, explica que a meningite apresenta sintomas diversos de acordo com a idade do paciente. Em recém-nascidos, os sinais podem ser sutis e facilmente confundidos com outros quadros clínicos, como irritabilidade, vômitos, febre ou mesmo hipotermia, e sonolência excessiva.

Já em crianças maiores, adolescentes e adultos, os sintomas geralmente incluem febre alta, cefaleia intensa, náuseas, vômitos, rigidez na nuca e fotofobia. “A meningite bacteriana é uma urgência médica. O paciente pode evoluir para um quadro grave em poucas horas”, alerta a médica.


Transmissão e agravantes: como a meningite chega até nós

A forma bacteriana da meningite é transmitida por gotículas respiratórias expelidas ao falar, tossir ou espirrar. Contudo, sinusites e otites não tratadas também podem dar origem à doença, alerta Roberta Rassi.

No caso da meningite viral, a origem varia. Vírus como herpes, enterovírus, dengue, zika e até varicela podem desencadear o quadro inflamatório das meninges.

O tratamento é hospitalar, com uso de antibióticos intravenosos. Em casos graves, a internação pode durar semanas, e o paciente corre o risco de desenvolver sequelas como perda auditiva, paralisia motora, distúrbios na fala e déficits neurológicos irreversíveis.


Vacinar é um ato de amor — e uma decisão de saúde pública

O Brasil disponibiliza no Sistema Único de Saúde (SUS) vacinas gratuitas que protegem contra os principais agentes causadores da meningite: pneumococo, meningococo C e haemophilus influenzae tipo b.

O esquema vacinal começa aos dois meses de vida, com a aplicação da pneumocócica 10-valente e da pentavalente (que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae tipo b). Aos três meses, a criança recebe a meningocócica C, com reforço posterior.

“A vacinação é a forma mais segura e eficaz de evitar a meningite bacteriana. Manter o calendário em dia salva vidas e previne sequelas irreversíveis”, reforça Roberta.


Alerta e responsabilidade coletiva

A redução de casos neste início de 2025 é animadora, mas os especialistas alertam que a meningite segue sendo uma ameaça constante, principalmente entre os não vacinados e imunocomprometidos. Em períodos de baixa cobertura vacinal, o risco de surtos aumenta, como já visto em diversas regiões do país nos últimos anos.

Com a chegada do Dia Mundial de Combate à Meningite, a SES-GO e o HDT reforçam a necessidade de uma consciência coletiva sobre a gravidade da doença. O recado é claro: vacinar é proteger, e diagnosticar cedo é salvar.

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Marcus

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