24 de novembro de 2024
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Operação Diploma Fake: Polícia Civil desmantela esquema de venda de diplomas falsos em Anápolis

Esquema envolve falsificação de diplomas de ensino médio, graduação e pós-graduação
Fora cumpridos hoje, 27, dois mandados de busca e apreensão, explica o delegado Luiz Carlos Cruz, do GEIC de Anápolis. (Polícia Civil de Anápolis – GEIC)

A Polícia Civil de Anápolis, por meio do Grupo Especial de Investigações Criminais (GEIC), desmantelou nesta terça-feira (27) um esquema criminoso de compra e venda de diplomas falsos que vinha atuando na cidade. Batizada de “Operação Diploma Fake”, a ação revelou que os investigados comercializavam certificados de ensino médio, graduação e até pós-graduação para pessoas que jamais frequentaram as instituições de ensino correspondentes. O delegado Luiz Carlos Cruz, responsável pela operação, informou que dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos com sucesso, resultando na coleta de provas que devem ampliar as investigações.

A operação foi desencadeada após meses de investigações que apontaram a existência de uma rede organizada dedicada à falsificação de documentos acadêmicos. De acordo com as autoridades, os envolvidos no esquema ofereciam diplomas de várias instituições de ensino, tanto públicas quanto privadas, a preços que variavam conforme o nível de escolaridade. Os valores mais altos eram cobrados por diplomas de graduação e pós-graduação, especialmente aqueles ligados a áreas como Direito e Engenharia, que exigem regulamentação rigorosa.

O esquema não só prejudica a credibilidade do sistema educacional, mas também coloca em risco setores profissionais ao permitir que indivíduos sem a qualificação necessária ocupem posições estratégicas. “Essa prática é extremamente prejudicial não só para a educação, mas para toda a sociedade. Quando um diploma falso é emitido, ele abre espaço para que pessoas sem capacitação ocupem funções que exigem conhecimentos específicos, o que pode gerar consequências graves”, afirmou o delegado Luiz Carlos Cruz.

Durante a operação desta terça-feira, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em endereços relacionados aos suspeitos, resultando na apreensão de documentos, computadores, celulares e outros materiais que serão periciados. Segundo a Polícia Civil, essas evidências serão fundamentais para identificar outros envolvidos no esquema, que podem incluir tanto os falsificadores quanto os compradores dos diplomas.

As investigações agora seguem para identificar a totalidade da rede criminosa, incluindo as instituições de ensino envolvidas, caso existam. O delegado Luiz Carlos Cruz destacou que o foco principal será descobrir a origem dos documentos falsificados e rastrear o fluxo financeiro do esquema, o que pode revelar a extensão do crime e seus impactos.

Os envolvidos no esquema, tanto vendedores quanto compradores dos diplomas falsos, poderão responder por crimes como falsificação de documentos, uso de documento falso e estelionato. As penas para esses crimes podem variar de dois a seis anos de reclusão, além de multas.

A descoberta do esquema gerou indignação na comunidade de Anápolis, especialmente entre profissionais da educação, que ressaltaram a importância de uma formação qualificada e legítima. “É um golpe contra o esforço de milhares de estudantes e profissionais que se dedicam anos para obter seus diplomas de forma honesta”, comentou a professora universitária Maria de Fátima Oliveira.

Prevenção e conscientização: Em resposta à operação, a Secretaria de Educação do Estado de Goiás anunciou que reforçará as medidas de fiscalização e autenticidade de diplomas emitidos pelas instituições de ensino, além de promover campanhas de conscientização sobre os riscos e ilegalidades associados à compra de diplomas falsos.

A operação também levanta a necessidade de uma revisão nos procedimentos de verificação de diplomas em empresas e órgãos públicos, que muitas vezes confiam apenas na documentação apresentada pelos candidatos a vagas de emprego.

A “Operação Diploma Fake” não só desmantelou um esquema criminoso, mas também trouxe à tona a importância da integridade no processo educacional e a necessidade de uma maior vigilância por parte das instituições e da sociedade como um todo.


Fontes: Polícia Civil de Anápolis, Grupo Especial de Investigações Criminais (GEIC)