5 de dezembro de 2025
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Violência em Rio Verde: Mulher é estuprada a caminho da academia e caso mobiliza força-tarefa da Polícia Civil

Crime ocorreu em 15 de junho; suspeito usou arma de fogo para ameaçar a vítima, segundo investigação. Prisão foi efetuada e mandado de busca cumprido, mas arma não foi localizada. Caso segue sob sigilo judicial.
Polícia Civil de Goiás realizando mandado de busca e apreensão na casa do suspeito (Reprodução/Instagram Polícia Civil de Goiás)

A Polícia Civil de Goiás investiga um caso de violência sexual ocorrido na cidade de Rio Verde, no sudoeste goiano, que resultou na prisão de um homem acusado de estuprar uma mulher enquanto ela se deslocava para uma academia. O crime, de natureza hedionda, teria ocorrido na madrugada do dia 15 de junho, em um trecho de trajeto urbano que liga o bairro residencial da vítima ao centro comercial da cidade.

Segundo a delegada Taisa Antonello, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), a vítima foi surpreendida pelo agressor, que utilizava uma arma de fogo para coagi-la e obrigá-la a manter relações sexuais. O estupro foi consumado em um local ermo, nas proximidades de um terreno baldio, o que dificultou pedidos de socorro e posterior identificação imediata de testemunhas.

Ação policial e prisão do suspeito

Com base no depoimento da vítima, que compareceu à delegacia poucas horas após o ocorrido, e após a realização de exames periciais no Instituto Médico Legal (IML), a Polícia Civil iniciou diligências que resultaram na identificação do suspeito. De acordo com a corporação, ele foi preso em flagrante delito em 1º de julho.

Um mandado de busca e apreensão foi expedido pelo Poder Judiciário e cumprido nas residências e local de trabalho do investigado. Embora o homem tenha sido detido, a arma de fogo mencionada pela vítima não foi localizada até o momento. A ausência do armamento físico, contudo, não inviabiliza a investigação, que se apoia em outros elementos probatórios, como testemunhos, perícia médica e dados de geolocalização.

A delegada Antonello ressaltou que o fato de o agressor ter apontado uma arma contra a vítima agrava ainda mais o caso, e pode, inclusive, ensejar novas qualificações penais. “Ainda que a arma não tenha sido apreendida, há indícios suficientes de sua utilização no momento do crime, o que potencializa a gravidade da conduta”, afirmou.

Classificação inicial e tramitação judicial

Apesar da gravidade dos relatos, a ocorrência foi inicialmente registrada como importunação sexual — tipificação prevista no artigo 215-A do Código Penal. No entanto, diante dos elementos colhidos durante as diligências, a Polícia Civil revisou a qualificação para estupro com grave ameaça (art. 213, combinado com o uso de arma de fogo), cuja pena varia de 6 a 10 anos de reclusão, podendo ser majorada.

A investigação segue sob sigilo judicial, conforme determinações legais em casos que envolvem crimes sexuais, visando preservar a integridade da vítima e garantir a eficácia dos procedimentos legais. O Ministério Público de Goiás já acompanha o inquérito.

Contexto social e estatístico

Casos como o de Rio Verde revelam uma preocupação crescente com a segurança de mulheres em espaços públicos e cotidianos. De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2023 foram registrados mais de 74 mil estupros no país, sendo a maioria das vítimas do sexo feminino e cerca de 60% com menos de 17 anos. O estado de Goiás figura entre os dez estados com maior número de registros por 100 mil habitantes.

A Defensoria Pública e organizações da sociedade civil têm reforçado campanhas de enfrentamento à violência sexual, exigindo políticas públicas de prevenção, iluminação urbana, videomonitoramento e patrulhamento em horários críticos.

Próximos passos

O suspeito encontra-se detido preventivamente e à disposição do Judiciário, enquanto novas oitivas e diligências estão em andamento. A Polícia Civil trabalha para localizar a arma utilizada e confirmar o vínculo entre o objeto e o autor do crime.

A vítima segue recebendo acompanhamento psicológico e jurídico por meio da rede de proteção local, com apoio da Secretaria Municipal de Assistência Social e do Núcleo de Atendimento à Mulher Vítima de Violência (NUAM).

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Marcus

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