Personalizar preferências de consentimento

Usamos cookies para ajudá-lo a navegar com eficiência e executar determinadas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies em cada categoria de consentimento abaixo.

Os cookies categorizados como "Necessários" são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para permitir as funcionalidades básicas do site.... 

Sempre ativo

Os cookies necessários são requeridos para habilitar os recursos básicos deste site, como fornecer login seguro ou ajustar suas preferências de consentimento. Esses cookies não armazenam nenhum dado de identificação pessoal.

Nenhum cookie para mostrar

Os cookies funcionais ajudam a executar determinadas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedback e outros recursos de terceiros.

Nenhum cookie para mostrar

Cookies analíticos são usados ​​para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre métricas como número de visitantes, taxa de rejeição, fonte de tráfego etc.

Nenhum cookie para mostrar

Os cookies de desempenho são usados ​​para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a oferecer uma melhor experiência de usuário aos visitantes.

Nenhum cookie para mostrar

Os cookies de publicidade são usados ​​para fornecer aos visitantes anúncios personalizados com base nas páginas que você visitou anteriormente e para analisar a eficácia das campanhas publicitárias.

Nenhum cookie para mostrar

21 de junho de 2025
NotíciasPolíticaÚltimas

Vice-prefeita de Goiânia retorna de Israel após ataques com mísseis: “Uma tensão que não conhecemos no Brasil”

Coronel Cláudia Lira descreve momentos de medo durante ofensiva iraniana a Tel Aviv. Ela integrava missão institucional em curso de segurança pública promovido por órgão israelense. Retorno exigiu travessia sob alerta máximo.
Vice-prefeita de Goiânia de volta ao Brasil após presenciar ataques em Israel | Foto: Ruber Couto / Prefeitura de Goiânia

Emocionada, a vice-prefeita de Goiânia, coronel Cláudia Lira (PL), reencontrou a família na manhã desta quarta-feira (18) no Aeroporto Internacional de Goiânia. O alívio veio após dias de tensão e insegurança em Tel Aviv, epicentro da ofensiva militar iraniana contra Israel no último final de semana. “Foi uma situação de guerra que nós não vivemos aqui no Brasil. Apesar de eu ser policial militar, a gente enfrenta outro tipo de tensão”, disse Cláudia em entrevista coletiva ao desembarcar.

A oficial da reserva da Polícia Militar de Goiás estava no Oriente Médio para um treinamento em segurança pública e planejamento estratégico, oferecido pelo Mashav – Agência Israelense de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento, braço diplomático do Ministério das Relações Exteriores de Israel voltado à capacitação de lideranças de países em desenvolvimento. O curso, que acontecia em uma universidade próxima à capital israelense, foi interrompido após o agravamento do conflito.


Ataques de mísseis e fuga sob risco

A comitiva brasileira – composta por prefeitos, vice-prefeitos e secretários – foi surpreendida na madrugada de sexta-feira (13) com alertas de emergência emitidos pelo governo israelense, instruindo todos os civis a procurarem abrigos antibomba. A vice-prefeita relatou que os alarmes, ativados por meio de um aplicativo do Exército de Israel, soavam com frequência crescente, exigindo deslocamento imediato aos bunkers.

“Existiam dois alertas: o primeiro avisava que havia risco iminente e nos dava poucos segundos para ir ao abrigo. No segundo, já era o sinal para permanecer trancado no bunker. Foi angustiante. Qualquer erro de tempo poderia ser fatal”, contou Cláudia.

A equipe ficou abrigada no subsolo da universidade, em uma instalação reforçada, equipada com móveis, água, alimentos e mochilas de emergência. “Levávamos tudo o que era essencial: documentos, roupas e dinheiro. O medo era real”, relatou a vice-prefeita.

A saída do território israelense, segundo ela, foi o momento mais delicado. A missão brasileira teve de cruzar o país por terra até Amã, na Jordânia, para embarcar de volta ao Brasil. “A rota de fuga foi monitorada pelo governo de Israel, mas mesmo com o comboio escoltado, sabíamos que, se soasse o alarme, dificilmente encontraríamos abrigo em tempo hábil. Estávamos em campo aberto. Foi uma situação bastante vulnerável”, disse.


Treinamento internacional interrompido

O programa de capacitação promovido pelo Mashav incluía aulas sobre tecnologia aplicada à segurança pública, gestão de crises, planejamento urbano e defesa civil. Apesar da interrupção das atividades presenciais, Cláudia afirmou que o conteúdo restante poderá ser finalizado remotamente. “Aprendemos muito. A tecnologia israelense é aplicada à vida cotidiana, especialmente em emergências. O aplicativo de alerta, por exemplo, é uma ferramenta que pode ser adaptada para uso em Goiânia, especialmente na Defesa Civil”, explicou.

A vice-prefeita ainda destacou que a missão foi autorizada oficialmente e teve despesas custeadas pela organização anfitriã. “Todas as tratativas foram realizadas com o conhecimento da Embaixada de Israel no Brasil. À época da viagem, não tínhamos ciência de nenhuma recomendação expressa do Itamaraty para evitar o país”, afirmou.

Vale lembrar que, desde outubro de 2023, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu alerta para que cidadãos brasileiros evitem viagens a Israel, em função da escalada do conflito na Faixa de Gaza e de ameaças regionais.


Conflito regional reacendido

A viagem de Cláudia coincidiu com a retaliação militar iraniana aos ataques de Israel ao consulado iraniano na Síria no início de abril. Na resposta, centenas de drones e mísseis foram lançados em direção ao território israelense. Segundo o Exército de Israel, mais de 99% dos projéteis foram interceptados por sistemas de defesa como o Domo de Ferro e Arrow, mas os alarmes foram generalizados e a tensão dominou várias regiões do país, incluindo Tel Aviv e Jerusalém.

O episódio reforça o quanto a região vive sob risco constante de escalada bélica. A presença de autoridades brasileiras em meio a um cenário de guerra reabriu o debate sobre protocolos de segurança diplomática e institucional, além de alertar para a necessidade de preparo psicológico e técnico em missões internacionais.


Em casa, mas transformada

“Foi uma experiência extrema, que nos muda por dentro. Ter vivenciado uma situação em que vidas são ameaçadas a cada segundo por mísseis muda a nossa percepção sobre segurança, sobre preparação e sobre a própria paz”, afirmou Cláudia.

De volta a Goiânia, a vice-prefeita deve apresentar relatórios sobre a missão à prefeitura e propor a adoção de tecnologias emergenciais que conheceu durante o curso. A expectativa é de que parte dos sistemas vistos em Israel seja analisada para aplicação no Plano Municipal de Defesa Civil, hoje em processo de revisão.

Tags: #Goiânia #CláudiaLira #Israel #MissãoInstitucional #AtaqueIraniano #TelAviv #Mashav #SegurançaPública #MissãoInternacional #Diplomacia #OrienteMédio