22 de dezembro de 2024
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Vereadores de Aparecida de Goiânia aprovam aumento salarial de 37% e geram polêmica na cidade

Decisão derruba veto do prefeito e eleva remuneração dos parlamentares para R$ 24,7 mil em 2025; população reage com críticas.
Vereadores de Aparecida de Goiânia durante votação de aumento salarial — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Em uma decisão que gerou ampla repercussão, os vereadores de Aparecida de Goiânia decidiram, nesta terça-feira (3), derrubar o veto do prefeito Vilmar Mariano (União Brasil) e aprovaram o aumento de 37% nos próprios salários. Com isso, a remuneração dos parlamentares municipais passará de R$ 18,7 mil para R$ 24,7 mil a partir de janeiro de 2025. A medida reacendeu debates sobre prioridades públicas e gestão do orçamento na cidade.


Detalhes da votação e justificativas

Dos 25 vereadores que compõem a Câmara Municipal, 18 votaram pela derrubada do veto e apenas três mantiveram posição contrária ao aumento. Outros quatro parlamentares estavam ausentes. A votação foi acompanhada por críticas de moradores e por discursos que expuseram diferentes perspectivas sobre o reajuste.

Os argumentos dos favoráveis ao aumento incluem:

  • Defasagem salarial: Os vereadores justificaram que os salários não eram reajustados desde 2013.
  • Estrutura abaixo da média: Alegaram que a estrutura de trabalho e os benefícios em Aparecida de Goiânia são inferiores à média nacional.
  • Conformidade legal: Afirmaram que o aumento respeita os limites estabelecidos pela legislação e não comprometerá as finanças do município.

Por outro lado, parte da população manifestou insatisfação, destacando que o reajuste ocorre em um momento de carências significativas em áreas como saúde, educação e infraestrutura.


Movimentações anteriores e controvérsias

Na primeira votação, realizada em 19 de novembro, o projeto foi aprovado por 19 votos favoráveis. No entanto, dois vereadores posteriormente alegaram que “se enganaram” ao votar e declararam oposição ao aumento. Apesar disso, a decisão avançou, sendo vetada pelo prefeito e retornando à Câmara.

O presidente da Casa, André Fortaleza (PL), demonstrou irritação com a confusão gerada na votação inicial e enfatizou a necessidade de maior atenção por parte dos parlamentares.


Reações da população e impacto político

A decisão enfrentou críticas severas da população local. Muitos moradores apontaram que o reajuste é desproporcional, especialmente em um município onde os serviços básicos enfrentam desafios recorrentes. Protestos nas redes sociais destacaram o contraste entre a aprovação do aumento e as condições de ruas, postos de saúde e escolas públicas.

Para alguns analistas, a derrubada do veto pode enfraquecer a relação entre o Legislativo e o Executivo, além de intensificar a cobrança popular nas próximas eleições.


Lista de votação

Favoráveis ao aumento:

  • Aldivo Araújo (União Brasil)
  • Amendoim (União Brasil)
  • André Fortaleza (PL)
  • Caminha Rosa (União Brasil)
  • Diony Nery (MDB)
  • Domingos Rodrigues (PL)
  • Edinho Carvalho (MDB)
  • Élio Bom Sucesso (PL)
  • Fábio Ideal (MDB)
  • Gilsão Meu Povo (MDB)
  • Hans Miller (MDB)
  • Isaac Martins (União Brasil)
  • Leandro da Pamonharia (PL)
  • Lelis Pereira (União Brasil)
  • Marcelo da Saúde (PSDB)
  • Roberto Chaveiro (PP)
  • Valéria Pettersen (MDB)
  • Zé Filho (PSDB)

Contra o aumento:

  • Gleison Flávio (PL)
  • Sandro Oliveira (MDB)
  • Willian Panda (PSB)

Ausentes:

  • Erivelton Contador (União Brasil)
  • Getúlio Andrade (PL)
  • Lelis Pereira (União Brasil)
  • Marcos Miranda (Republicanos)

O que esperar?

Com a decisão tomada, o próximo passo será a promulgação da lei pelo presidente da Câmara. O reajuste salarial começará a valer em janeiro de 2025, mas o desgaste político pode ter efeitos mais imediatos, com cobranças por maior transparência e foco em políticas públicas que atendam às demandas da população.


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