Venda de medicamentos para diabetes, doenças cardiovasculares e transtornos mentais dispara no Centro-Oeste
Levantamento da epharma revela crescimento alarmante nos últimos seis anos, refletindo o avanço dessas condições na região e no país.

O consumo de medicamentos para diabetes, doenças cardiovasculares e transtornos mentais cresceu de forma expressiva no Centro-Oeste nos últimos seis anos, segundo levantamento inédito da epharma, empresa especializada em gestão de benefícios de medicamentos. O estudo aponta que, entre 2019 e 2024, a venda de remédios para diabetes aumentou mais de seis vezes, enquanto os voltados para problemas cardiovasculares cresceram mais de quatro vezes. Já os medicamentos para transtornos mentais tiveram um salto de cinco vezes no período, demonstrando a alta incidência dessas condições de saúde na população.
O Centro-Oeste foi uma das regiões com maior avanço no consumo desses medicamentos, especialmente em 2023, quando a venda de remédios para diabetes disparou quase seis vezes em relação ao ano anterior. Para doenças cardiovasculares, o aumento foi de cinco vezes, enquanto os medicamentos para transtornos mentais tiveram o crescimento mais expressivo, com alta de quase sete vezes. Em 2024, os números mantiveram uma tendência de alta, mas com variações menores: 1% para diabetes e 2% para doenças mentais.
Para especialistas, esses dados refletem uma combinação de fatores, como o envelhecimento da população, hábitos de vida inadequados e o impacto da pandemia na saúde mental. “A geração e análise desses dados são essenciais para compreendermos melhor o perfil dos pacientes que fazem uso desses medicamentos e, com isso, direcionarmos estratégias para a prevenção e o tratamento mais eficaz dessas doenças“, afirma Wilson Oliveira Junior, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da epharma.
Os medicamentos mais consumidos
O levantamento também identificou os princípios ativos mais vendidos no período:
Para doenças cardiovasculares: losartana, rosuvastatina e metoprolol, indicados para hipertensão, colesterol alto, insuficiência cardíaca e arritmias. “São fármacos essenciais no controle da doença aterosclerótica, que está ligada à formação de placas de gordura nas artérias”, explica a cardiologista Lilian Cavalheiro, do Centro de Estudos e Pesquisas ‘Dr. João Amorim’ (CEJAM).
Para transtornos mentais: sertralina, clonazepam, escitalopram, venlafaxina e desvenlafaxina, usados no tratamento de depressão, ansiedade e insônia. “A escolha do medicamento depende do perfil do paciente e do mecanismo de ação mais adequado ao quadro clínico”, pontua o psiquiatra Alexandre Kakitsuka, do CEJAM.
Para diabetes: metformina, gliclazida, dapagliflozina, semaglutida e dapagliflozina + metformina, com destaque para a semaglutida, que ganhou popularidade nos últimos anos devido à sua eficácia no controle do peso e da glicemia. “A escolha do tratamento envolve fatores como acessibilidade, eficácia clínica e facilidade de uso, fundamentais no manejo das doenças crônicas”, destaca o endocrinologista Felipe Leão, do Hospital Orizonti.
Impacto na saúde pública e desafios para o futuro
O crescimento expressivo da venda desses medicamentos acende um alerta para os desafios da saúde pública, especialmente no controle de doenças crônicas, que demandam acompanhamento contínuo e acesso facilitado a tratamentos eficazes.
Especialistas reforçam que mudanças no estilo de vida, como alimentação balanceada e prática de exercícios físicos, são fundamentais para prevenir e controlar essas condições. No entanto, o aumento expressivo no consumo desses remédios indica que a população tem dependido cada vez mais de tratamentos farmacológicos, o que pode gerar impactos no sistema de saúde e elevar os custos para pacientes e governo.
Diante desse cenário, a epharma destaca a importância do acesso a medicamentos de qualidade e do investimento em programas de prevenção, visando um futuro mais saudável para a população.
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