Uma investigação está em andamento para apurar a suspeita de vazamento de fotografias de necropsias envolvendo agentes da Polícia Civil.
Está em andamento uma investigação envolvendo um ex-subinspetor da Delegacia da Mulher de Santa Luzia e uma servidora do setor de toxicologia do Instituto Médico-Legal (IML) de Belo Horizonte por suspeita de vazamento de fotos da necropsia da cantora Marília Mendonça.
De acordo com a Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Minas Gerais, as imagens estavam armazenadas no sistema do órgão. Caso seja confirmado que os servidores foram responsáveis pelo vazamento, poderão enfrentar punições que vão desde afastamento até demissão.
Na última segunda-feira (22), foram realizados mandados de busca e apreensão nos endereços relacionados aos suspeitos pela Polícia Civil de Minas Gerais. Durante a operação, o ex-subinspetor, que atualmente exerce a função de plantonista na delegacia da mulher, foi preso em flagrante por tráfico de drogas.
Segundo a corregedoria da instituição, foram encontradas no carro e na residência do investigado uma bucha e um cigarro de maconha, além de dez pedras de crack e 45 pinos de cocaína. Buscas também foram realizadas na casa da servidora, mas a corregedoria não divulgou informações sobre possíveis apreensões.
Por enquanto, a identidade dos investigados não foi revelada pela Polícia Civil de Minas Gerais, o que impossibilita o contato com a defesa de ambos.
A Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Minas Gerais está investigando o vazamento das fotos da necropsia de Marília Mendonça desde o dia 13 de abril, quando as imagens se tornaram virais nas redes sociais.
Dois dias após o incidente, André Felipe de Souza Alves Pereira, de 22 anos, foi preso em Santa Maria, no Distrito Federal, sob suspeita de compartilhar as fotos na internet. No entanto, ele não é considerado o responsável pelo vazamento da foto original, mas sim por disseminar o conteúdo nas redes sociais.
Durante as investigações, os agentes descobriram que o suspeito também teria vazado fotos dos cantores Gabriel Diniz e Cristiano Araújo, falecidos em 2019 e 2015, respectivamente.
A nota na íntegra da Polícia Civil de Minas Gerais:
“A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que o procedimento investigativo segue em
tramitação a cargo da Corregedoria-Geral de Polícia Civil, que vem realizando todas as
diligências cabíveis para identificar o usuário que deu causa ao vazamento do laudo pericial.
A investigação encontra-se em seu curso regular, buscando a elucidação do caso para a devida
responsabilização administrativa e criminal dos envolvidos.
A PCMG salienta que não coaduna com a prática de condutas ilícitas e buscará dar a resposta
adequada à sociedade, no menor prazo possível.”