18 de setembro de 2024
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Tragédia em Aparecida: Investigação em Curso sobre a Morte de Bebê de 58 Dias

O trágico incidente levanta preocupações, uma vez que os pais da criança estavam consumindo bebidas alcoólicas no dia fatídico, tornando o caso ainda mais complexo.
Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Aparecida de Goiânia (Reprodução/Google Street View)

A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Aparecida está conduzindo uma investigação delicada sobre a morte de um bebê de apenas 58 dias. O trágico incidente levanta preocupações, uma vez que os pais da criança estavam consumindo bebidas alcoólicas no dia fatídico, tornando o caso ainda mais complexo.

De acordo com a Polícia Civil (PC), a mãe do bebê foi ouvida pela equipe investigativa e está atualmente sob prisão preventiva. Por outro lado, o pai e o padrasto foram interrogados, mas permanecem em liberdade durante as averiguações em curso.

A delegada responsável pelo caso, Thaynara Andrade, esclareceu que o flagrante foi registrado como crime de abandono de incapaz com qualificador de morte. No entanto, as identidades dos envolvidos não foram divulgadas pela polícia até o momento, dificultando a obtenção de informações sobre as defesas apresentadas.

Durante o depoimento, a mãe do bebê confessou à polícia que estava consumindo bebidas alcoólicas desde a noite anterior ao trágico acontecimento. Segundo o relato, ela colocou o bebê para dormir ao lado de sua irmã de 2 anos. No dia seguinte, a mulher retornou para ingerir mais álcool na companhia do pai e do padrasto da criança, só percebendo que o filho mais novo estava frio quando voltou para checar as crianças.

“Ainda não temos o laudo do Instituto Médico Legal (IML) para determinar a causa da morte”, afirmou Thaynara. Segundo ela, no depoimento, a mãe explicou que cobriu o bebê e voltou para continuar a ingestão de álcool. Somente mais tarde, ao verificar novamente as crianças, percebeu que o bebê permanecia gelado e apresentava sinais de sangramento no nariz e na boca.

A delegada destacou que o relatório médico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) indicou que a criança chegou à unidade com corpo enrijecido, frio e com aspecto azulado. Apesar de todos os procedimentos de reanimação terem sido realizados, o bebê já estava sem vida quando chegou à UPA.

“Até o momento, não sabemos se a criança apresenta sinais de maus-tratos; isso dependerá do laudo de exame cadavérico”, esclareceu a delegada. Ela ressaltou que outras pessoas envolvidas no caso ainda serão ouvidas, e o resultado do laudo do IML é aguardado para determinar a causa oficial da morte, lançando luz sobre as circunstâncias que envolvem essa trágica perda.