Suspeitos de Atentado em Feira que Baleou Cantora Gospel são Presos; Dois Foragidos
Operação prende três envolvidos em tentativa de homicídio que deixou cantora gospel ferida e matou jovem de 25 anos em Goiânia; mandantes do crime ainda estão foragidos.
Em uma operação que mobilizou forças policiais de Goiás, três pessoas foram presas nesta quarta-feira (13) sob suspeita de envolvimento no tiroteio que feriu a cantora gospel Keyla Silva Marinho Costa, de 49 anos, e matou um jovem de 25 anos, ocorrido em julho deste ano durante uma feira no Setor Centro-Oeste, em Goiânia. A Polícia Civil (PC) confirmou que outros dois suspeitos, apontados como mandantes do crime, ainda são procurados e acredita-se que estejam escondidos em comunidades do Rio de Janeiro.
Contexto do Crime
No dia 7 de julho, Keyla foi alvejada enquanto aguardava atendimento em uma barraca de pastel, quando Rosiron Teodoro Rodrigues Neto, de 21 anos, teria se aproximado e atirado várias vezes em direção ao verdadeiro alvo, que estava logo atrás dela. A vítima fatal, segundo a PC, era membro de uma organização criminosa e estava sendo suspeita de repassar informações sobre tráfico de drogas para as autoridades, o que teria motivado o atentado. Keyla, que não tinha qualquer relação com o jovem ou com atividades criminosas, foi confundida e atingida de forma acidental.
Investigação e Prisões
As prisões realizadas nesta semana são resultado de meses de investigação conduzida pela Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios, com apoio da Polícia Militar e de outras unidades de segurança. Além das três prisões, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão nas cidades de Goiânia, Trindade e Iporá, com o objetivo de reunir provas e localizar os envolvidos.
Os suspeitos presos foram identificados como:
- Rosiron Teodoro Rodrigues Neto (executor), acusado de realizar os disparos que resultaram no homicídio e na tentativa de homicídio de Keyla. Rosiron possui antecedentes por tráfico de drogas, roubo e homicídio, e viajou de Iporá a Goiânia um dia antes do crime para cumprir a ordem.
- Jocineide Barbosa de Souza, apontada como responsável por fornecer a motocicleta e a arma usadas no crime, e que, de acordo com a investigação, deu suporte ao executor no pós-crime. Ela foi presa em flagrante por tráfico de drogas após a polícia encontrar cocaína pronta para venda em sua casa.
- Gilberto Leite de Moraes, suspeito de fornecer a arma ao executor e com registros por roubo, foi detido temporariamente.
Os mandantes do crime, Cleiton César Dias Mello e Maxwel Cunha Fonseca, ainda são procurados. Cleiton, com passagens por homicídio e tráfico de drogas, e Maxwel, com histórico de tráfico, são apontados como traficantes que teriam encomendado a execução do jovem, considerando-o uma ameaça à segurança da organização.
Ação da Polícia e Monitoramento dos Foragidos
Segundo a Polícia Civil, Cleiton e Maxwel fugiram para o Rio de Janeiro, onde estariam escondidos em comunidades dominadas por facções. Em conjunto com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, a polícia goiana realiza monitoramento para localizar e capturar os foragidos. Os suspeitos devem ser indiciados por homicídio qualificado, tentativa de homicídio, e integração a organização criminosa.
Estado de Saúde e Recuperação de Keyla
A cantora Keyla Silva Marinho Costa foi atingida no quadril e passou por duas cirurgias, enfrentando um longo processo de recuperação. Atualmente, Keyla faz fisioterapia para restaurar a capacidade de locomoção e conta com o apoio da família e de amigos para superar o trauma físico e emocional causado pelo incidente. Seu marido, Max Costa, afirmou que a recuperação tem sido difícil, mas a fé e o apoio da comunidade têm sido fundamentais para a cantora enfrentar esse período.
Relembre o Caso
Câmeras de segurança registraram o momento em que o atirador desce de uma moto, se aproxima da barraca e dispara contra as vítimas. Keyla, atingida por engano, foi uma vítima inocente em um ato de violência brutal. O vídeo foi utilizado como prova pela polícia, ajudando a identificar o executor e outros envolvidos no crime.
Apelo à População e Divulgação de Imagens
As autoridades divulgaram os nomes e fotos dos suspeitos, autorizados pela Lei nº 13.869/2019, para que a população possa colaborar na identificação e localização dos foragidos. A Polícia Civil pede que qualquer informação sobre o paradeiro de Cleiton e Maxwel seja comunicada pelo Disque Denúncia, de forma anônima.
Ações da Polícia e Compromisso com a Segurança
A operação reforça o compromisso das forças de segurança com a redução da criminalidade em Goiânia e nas regiões adjacentes, e o combate ao tráfico de drogas e à violência urbana.
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