21 de novembro de 2024
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Os postos de saúde em Goiânia têm um custo anual de R$ 751 mil em aluguel para a Secretaria Municipal.

De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a Prefeitura de Goiânia gasta cerca de R$ 62,6 mil mensais com aluguel de edificações que abrigam 23 unidades de atenção primária à saúde. Esse valor totaliza R$ 751,5 mil ao ano. A SMS está construindo unidades modulares de saúde para absorver a demanda dos locais alugados e em más condições, visto que as edificações são locadas de acordo com a necessidade da pasta. Porém, servidores dos Centros de Saúde da Família (CSF) Andréia Cristina e CSF Grajaú relatam que as estruturas em que trabalham estão em más condições, sendo adaptadas em casas com espaço limitado, goteiras e quedas constantes de energia elétrica.

Segundo uma reportagem do Jornal O POPULAR de julho de 2021, Goiânia contava com 38 unidades de atenção primária funcionando em locais alugados, com um gasto aproximado de R$ 50 mil por mês. A Prefeitura anunciou que buscava recursos de emendas parlamentares para a construção de 12 unidades próprias com o intuito de desativar 24 unidades que estavam em imóveis alugados com a inauguração das 12. Atualmente, a SMS informou que dez unidades que funcionavam em imóveis alugados já passaram para prédios próprios.

A construção de três das 12 unidades modulares de saúde anunciadas como parte do programa Goiânia Adiante da Prefeitura está em andamento, com um investimento previsto de R$ 62 milhões. Das 12 unidades que irão se mudar para construções modulares, nove funcionam em locais alugados. A intenção da construção de unidades modulares é ter espaços maiores, que possam aumentar a abrangência e atender um número maior de pessoas. Para que isso ocorra, unidades que funcionam em locais alugados ou em más condições serão descontinuadas. Os CSFs Grajaú e Santa Rita, por exemplo, deverão deixar de existir, e as atividades das unidades serão incorporadas à USF Santa Fé, que está sendo construída a aproximadamente 5 quilômetros de distância dos dois CSFs. A pasta afirma que a mudança irá representar economia, mais segurança, aumento do conforto para os pacientes e melhoria da qualidade dos serviços prestados. O Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (Sindsaúde-GO) acredita que a modificação irá centralizar os atendimentos e afetará diretamente a forma como o trabalho de atenção primária é desenvolvido atualmente, além de não cumprir com o que se espera dessas unidades, de acordo com o Caderno 1 de Atenção Básica, do Ministério da Saúde.