Remo supera Vila Nova, vence com autoridade em Belém e assume vice-liderança da Série B
Com gols de ex-jogadores de Goiás e Vila, Leão Azul impõe ritmo, vence por 2 a 0 e freia ascensão do Tigre, que desperdiça chance de dormir líder.
Em noite de reencontros e afirmações no Estádio Mangueirão, o Clube do Remo venceu o Vila Nova por 2 a 0 nesta quarta-feira (14), pela 7ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. O resultado freou a ascensão colorada e fez o Leão Azul ultrapassar o rival goiano na tabela, assumindo com autoridade a vice-liderança da competição.
Os gols da partida foram marcados por Marcelinho, ex-Tigre, e Régis, com passagem pelo Goiás, ambos deixando suas marcas em um duelo recheado de simbologia regional. A vitória mantém o Remo invicto em casa, com 100% de aproveitamento diante de sua torcida fervorosa.
Primeiro tempo: intensidade, chances perdidas e “lei do ex”
O Vila Nova começou bem. Compacto no meio-campo e vertical nos contra-ataques, o time de Rafael Lacerda explorou principalmente o lado direito, com Vinícius Paiva incomodando a marcação azulina. Aos 25 minutos, Gabriel Poveda quase abriu o placar, com um belo chute colocado, que Marcelo Rangel espalmou no reflexo, mostrando por que é um dos goleiros mais experientes da Série B.
Mas o castigo veio aos 34. Em jogada que começou num arremesso lateral, Alan Rodríguez tabelou com Pedro Castro, que cruzou com precisão. Marcelinho surgiu como elemento surpresa na área, testando firme, no canto de Halls. Um gol que não apenas abriu o placar, mas reavivou a “lei do ex”, ferida recente na memória da torcida colorada.
Segundo tempo: pressão insuficiente e golpe final
Na volta do intervalo, o Vila Nova partiu para cima. A dupla de zaga Bernardo Schappo e Tiago Pagnussat, em lances ofensivos, chegou a assustar a meta azulina. Mas esbarrou numa noite inspirada de Marcelo Rangel e numa defesa remista que soube sofrer e fechar os espaços com eficiência.
Do outro lado, o Remo foi letal. Aos 34 minutos do segundo tempo, Marcelinho – o nome do jogo – voltou a brilhar, cruzando para a área após jogada pela direita. A defesa colorada falhou na cobertura, e Kadu tocou para Régis, que finalizou com frieza. Estava decretada a vitória e a confirmação de um time que, apesar da desconfiança no início da temporada, se coloca como um dos postulantes reais ao acesso.
Desdobramentos: tabela, pressão e novo desafio
Com o revés, o Vila Nova estaciona nos 13 pontos, caindo para a terceira colocação. A derrota ganha peso simbólico, já que impediu o Tigre de ultrapassar o rival Goiás, que lidera com 16 pontos.
O Remo, agora vice-líder com 15, reforça o discurso de consolidação como força emergente na Segundona. O técnico Daniel Paulista, inclusive, vem sendo elogiado pela organização defensiva e transições rápidas da equipe, principalmente atuando no Mangueirão, onde o clube ainda não perdeu pontos.
No sábado (17), o Vila Nova tenta reencontrar o caminho da vitória em Goiânia, no Onésio Brasileiro Alvarenga, contra o Athletico Paranaense, outro adversário direto na corrida pelo acesso. Já o Remo visita o Atlético-GO no domingo, em um embate que promete alto nível técnico.
Ficha técnica – Remo 2 x 0 Vila Nova
Competição: Série B do Campeonato Brasileiro – 7ª rodada
Data: 14 de maio de 2025
Local: Estádio Mangueirão – Belém (PA)
Gols: Marcelinho (34’ 1T), Régis (34’ 2T)
Cartões amarelos: Camutanga, Reynaldo (REM); Gustavo Pajé (VIL)
Árbitro: Bruno Pereira Vasconcelos (BA)
VAR: Michel Patrick Costa Guimarães (MG)
Remo: Marcelo Rangel; Marcelinho, Camutanga (Rafael Castro), Reynaldo, Ivan Alvariño; Luan Martins (Madison), Caio Vinícius, Pedro Castro (Daniel Cabral), Alan Rodríguez (Régis); Pedro Rocha e Adailton (Kadu). Técnico: Daniel Paulista.
Vila Nova: Halls; Elias (Igor Inocêncio), Tiago Pagnussat, Bernardo Schappo, Willian Formiga; João Vieira, Miticov (Dodô), Igor Henrique (Arilson); Vinícius Paiva (Gustavo Pajé), Gabriel Poveda, Gabriel Silva (Ruan Ribeiro). Técnico: Rafael Lacerda.
Análise final
O resultado no Pará acende um sinal de alerta no Vila Nova. A equipe segue competitiva, mas precisa ser mais letal fora de casa se quiser manter-se entre os quatro primeiros. Para o Remo, a partida serve como afirmação. Com elenco encorpado e torcida em ebulição, o Leão Azul demonstra que não está na parte de cima da tabela por acaso.
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