Prefeitura de Goiânia pressiona e convoca reunião extraordinária para votar empréstimo de R$ 710 milhões
Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação cede à pressão e agenda votação para esta segunda-feira (26), antecipando análise sobre o polêmico empréstimo.
Após pressão por parte do secretariado do prefeito Rogério Cruz (Republicanos), o presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Câmara Municipal de Goiânia, vereador Henrique Alves (MDB), convocou uma reunião extraordinária para votar o empréstimo de R$ 710 milhões nesta segunda-feira (26). A decisão, tomada após alegações de necessidade urgente para cumprir o calendário de obras, gerou controvérsias entre os parlamentares.
Desenvolvimento: A convocação para a reunião extraordinária foi publicada no sistema da Câmara Municipal de Goiânia na noite de sexta-feira (23), e enviada aos vereadores no sábado (24) por Alves. Inicialmente, o presidente da CCJR havia manifestado a intenção de aguardar a reunião semanal, que ocorre às quartas-feiras, para votar o empréstimo. No entanto, diante da pressão da Prefeitura, decidiu antecipar a análise.
Na pauta da reunião está a emenda substitutiva enviada pela Prefeitura na semana anterior, contendo detalhes das obras que serão financiadas pelo empréstimo, em conformidade com recomendações do Ministério Público de Goiás (MP-GO). O vereador Ronilson Reis (PMB) foi designado como relator e deve apresentar seu parecer na reunião extraordinária.
Caso seja aprovado na CCJ, o empréstimo poderá ser votado em primeiro turno no plenário na terça-feira (27), seguindo para a Comissão de Finanças. Por fim, a segunda votação está prevista para ocorrer na quarta ou quinta-feira (29).
A convocação da reunião extraordinária para votar o empréstimo de R$ 710 milhões na Câmara Municipal de Goiânia reflete as pressões e os debates em torno do tema. Enquanto a Prefeitura argumenta a urgência para viabilizar as obras, vereadores e demais envolvidos ponderam sobre os prazos e as implicações do financiamento para o município. A decisão final caberá aos parlamentares, após uma análise criteriosa dos impactos e das necessidades da cidade.