Prefeitura de Goiânia Enfrenta Déficit de R$ 3,4 Bilhões, Aponta Relatório de Transição
Relatório aponta passivos críticos no Imas e na Comurg, com impacto direto na prestação de serviços essenciais.

A Prefeitura de Goiânia enfrenta um dos maiores desafios financeiros de sua história: um déficit de R$ 3,4 bilhões herdado da gestão anterior. O dado foi apresentado pela equipe de transição do novo prefeito Sandro Mabel (União Brasil), em um relatório que detalha o rombo acumulado, sendo 76% concentrados na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) e no Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores (Imas).
Detalhes do Relatório
O relatório de 91 páginas revela que, além dos R$ 334,5 milhões em restos a pagar, a maior parte do passivo está vinculada à Comurg e ao Imas, que juntos somam R$ 2,584 bilhões. A Comurg enfrenta dificuldades para saldar uma dívida interna com o Imas, avaliada em R$ 35 milhões, comprometendo a saúde financeira das instituições e prejudicando serviços essenciais como limpeza urbana e atendimento médico aos servidores.
Impacto na Prestação de Serviços
A dívida da Comurg com o Imas, somada à falta de repasses, gerou atrasos no pagamento de fornecedores da área de saúde, afetando o atendimento médico aos servidores municipais. Além disso, a precariedade financeira da Comurg compromete a coleta de resíduos e outros serviços básicos na cidade.
Reações da Nova Gestão
Em declaração, Sandro Mabel afirmou que a prioridade é reorganizar as contas públicas, com medidas rigorosas para garantir a continuidade dos serviços essenciais. Entre as ações, estão previstas:
- Reestruturação do Imas para viabilizar sua sustentabilidade financeira;
- Revisão de contratos e despesas na Comurg;
- Estabelecimento de um plano de pagamento para dívidas prioritárias.
“O cenário é preocupante, mas estamos comprometidos em adotar medidas duras e transparentes para recuperar a saúde financeira da Prefeitura e garantir que os serviços à população não sejam interrompidos”, afirmou o prefeito.
Posição da Gestão Anterior
Ex-integrantes da administração passada, como o ex-secretário de Governo Jovair Arantes, reconhecem o déficit, mas apontam que parte da dívida é histórica. Arantes defendeu a necessidade de maior planejamento para evitar que passivos como esses comprometam futuras gestões.
Medidas de Transparência e Confiança
A nova administração prometeu um acompanhamento rigoroso das contas públicas, com divulgação periódica de relatórios de execução orçamentária. Especialistas destacam que a recuperação fiscal dependerá de equilíbrio entre ajustes financeiros e a manutenção de investimentos em áreas essenciais como saúde e limpeza urbana.
Impacto Político e Social
O déficit anunciado pela gestão Mabel coloca em evidência o impacto das dívidas públicas na qualidade de vida dos cidadãos. As medidas de austeridade devem exigir sacrifícios, mas a expectativa é de que tragam estabilidade fiscal e sustentabilidade a longo prazo.
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