23 de dezembro de 2024
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Prazo final para vacinação contra a raiva de herbívoros em Goiás se encerra em 15 de dezembro

Pecuaristas de 119 municípios de alto risco devem vacinar seus rebanhos; declaração obrigatória vai até o dia 31.
119 municípios considerados de alto risco para a doença, em Goiás, devem fazer a vacinação contra a raiva de herbívoros (Foto: Agrodefesa)

ecuaristas goianos têm até o dia 15 de dezembro para vacinar seus rebanhos contra a raiva de herbívoros, conforme determina a Portaria nº 473/2024 da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa). A obrigatoriedade abrange bovinos e bubalinos de até 12 meses e equídeos, caprinos e ovinos com até seis meses de idade, nos 119 municípios classificados como de alto risco para a doença.

Além da imunização, os produtores precisam realizar a declaração de rebanho até 31 de dezembro, procedimento que é obrigatório para todas as propriedades rurais de Goiás.

Importância da vacinação e riscos da raiva

A raiva é uma doença viral fatal, que pode ser transmitida para humanos. Em áreas rurais, o morcego hematófago é o principal vetor, e a vacinação dos rebanhos é uma barreira essencial para evitar surtos.

“O cumprimento da vacinação é essencial para proteger os animais e a saúde pública. Além disso, os dados coletados ajudam na gestão sanitária estadual”, destacou José Ricardo Caixeta Ramos, presidente da Agrodefesa.

Como comprovar a vacinação

Os pecuaristas devem adquirir as vacinas em revendas cadastradas, garantindo o registro informatizado no Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago). Após a compra, a comprovação da vacinação deve ser feita até 15 de dezembro.

As revendas precisam atualizar as informações de estoque e vendas de vacinas no módulo “Defesa Animal” do sistema, para garantir maior transparência e controle sanitário.

Declaração de rebanho: o que é necessário informar

A declaração de rebanho deve ser feita por meio do Sidago, com login e senha exclusivos do titular da propriedade. O processo envolve:

  • Cadastro atualizado da propriedade e dos responsáveis.
  • Informações sobre mortes, nascimentos e movimentação de animais.
  • Declaração detalhada de bovinos e bubalinos nascidos após a primeira etapa de vacinação, realizada em maio.

Os produtores de leite podem optar por compartilhar os dados diretamente com os laticínios.

“O monitoramento constante dos rebanhos permite à Agrodefesa agir rapidamente em situações de emergência e evitar prejuízos para o setor”, explicou Rafael Vieira, diretor de Defesa Agropecuária.

Impacto no trânsito e nas atividades comerciais

Durante o período de vacinação, há restrições ao trânsito de animais em propriedades que não realizaram a declaração. Apenas animais destinados ao abate imediato estão liberados para movimentação.

Além disso, leilões e feiras só podem receber animais provenientes de propriedades que estejam em conformidade com as normas sanitárias.

Consequências para quem não cumprir as normas

A não vacinação e a falta de declaração de rebanho podem levar a penalidades como multas e restrições ao trânsito e comercialização de animais.

Próximos passos e apoio ao produtor

Os produtores podem acessar o Sidago para tirar dúvidas e realizar os procedimentos. A Agrodefesa reforça que todas as informações estão disponíveis no site oficial e nas unidades locais de atendimento.

A campanha reflete o compromisso do estado de Goiás em manter a saúde dos rebanhos e garantir o crescimento sustentável da pecuária. “Cada pecuarista que participa está contribuindo para um setor mais seguro e eficiente”, concluiu o presidente da Agrodefesa.


A reta final da campanha exige atenção dos pecuaristas, que têm no cumprimento das normas não apenas uma obrigação, mas uma forma de proteger seus investimentos e o setor agropecuário como um todo.

Tags: #VacinaçãoAnimal #RaivaHerbívoros #Agrodefesa #Goiás #Pecuária