Polícia Civil desmonta esquema nacional que fraudava lotéricas e movimentou mais de R$ 1 milhão
Operação Sorte de Areia mira organização criminosa baseada em Goiás e Alagoas, especializada no golpe do falso dono de lotérica; mandados incluem prisões, buscas e bloqueio de patrimônio que pode chegar a R$ 3 milhões.
A Polícia Civil de Goiás, em ação integrada com a Polícia Civil de Alagoas, desencadeou a Operação Sorte de Areia, destinada a desarticular uma organização criminosa especializada em estelionatos contra casas lotéricas em vários estados do país. A ofensiva cumpriu 21 mandados judiciais, sendo seis de prisão preventiva e quinze de busca e apreensão, todos autorizados pela 17ª Vara Criminal de Maceió.
De acordo com as investigações conduzidas pela Polícia Civil de Alagoas, o grupo estruturou um esquema de enganação altamente lucrativo. Os criminosos se passavam por proprietários de lotéricas, mantinham contato telefônico com funcionários e os induziam a realizar pagamentos de boletos fraudados. Os valores eram enviados a contas de laranjas, rapidamente pulverizados em diversas transações e, posteriormente, reunidos nas contas bancárias dos líderes do esquema.
Os investigadores afirmam que a atuação da quadrilha tinha alcance nacional e que, apenas em Alagoas, o prejuízo ultrapassa R$ 1 milhão. A maior parte dos integrantes está sediada em Goiás, onde o Grupo Especial de Investigações Criminais (Geic) de Anápolis já havia desencadeado duas operações relacionadas ao mesmo núcleo criminoso. O intercâmbio de informações entre as equipes foi considerado crucial para a consolidação das provas.
No balanço parcial da operação, duas pessoas foram presas, cinco veículos foram apreendidos, além de outros bens ainda em avaliação. A Justiça determinou o bloqueio de patrimônio que pode chegar a R$ 3 milhões, medida adotada para impedir a dissipação dos recursos ilícitos e garantir futura reparação às vítimas.
Durante o cumprimento dos mandados, um homem — marido de uma das investigadas — foi preso em flagrante por posse irregular de arma de fogo.
Dos alvos com ordem de prisão preventiva, quatro continuam foragidos: o líder da organização, residente em São Paulo; dois investigados em Goiás; e outro integrante que, segundo a polícia, está fora do país. As buscas continuam em cooperação com unidades estaduais e federais.
A Polícia Civil reforça que a operação segue em andamento, com novas diligências voltadas à localização dos foragidos, à identificação de eventuais comparsas e à recuperação de recursos desviados.
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