Piloto de parapente morre após queda às margens da BR-040 em Valparaíso de Goiás
Homem de 56 anos sofreu múltiplas fraturas e não resistiu aos ferimentos, apesar de manobras de reanimação por cerca de 40 minutos. Acidente ocorreu próximo a área comercial e mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros do DF e da PMGO.

Um trágico acidente aéreo envolvendo um parapente resultou na morte de um piloto de 56 anos na tarde desta sexta-feira (27), por volta das 17h50, em Valparaíso de Goiás, município do Entorno do Distrito Federal. A queda aconteceu às margens da BR-040, nas proximidades de uma loja da rede Havan, ponto conhecido pelo fluxo intenso de veículos e pela movimentação comercial.
De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), a vítima foi encontrada inconsciente, com múltiplas fraturas corporais, em parada cardiorrespiratória. A guarnição realizou manobras de reanimação por cerca de 40 minutos, mas o homem não resistiu aos ferimentos e teve o óbito confirmado ainda no local.
O local do acidente foi isolado por equipes da Polícia Militar de Goiás (PMGO), que prestou apoio no controle do trânsito e na preservação da cena até a chegada da Polícia Científica, responsável pela perícia. A dinâmica da queda e os fatores que levaram à perda de controle do parapente ainda não foram esclarecidos oficialmente até a manhã deste sábado (28).
Esporte radical e riscos associados
Embora o voo livre com parapente seja uma prática reconhecida e regulamentada no Brasil, acidentes fatais ainda ocorrem com relativa frequência, muitas vezes associados a mudanças súbitas nas condições climáticas, falhas técnicas no equipamento ou imperícia na condução. O local da queda, nas imediações da BR-040, não é oficialmente reconhecido como pista homologada de decolagem para esportes aéreos, o que levanta dúvidas sobre a origem do voo e a regularidade da atividade naquele ponto específico.
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) não regula diretamente o voo de parapentes, por se tratar de uma aeronave não motorizada, mas a Confederação Brasileira de Voo Livre (CBVL) mantém orientações técnicas sobre segurança, homologação de locais e certificação de pilotos. Ainda não foi confirmado se a vítima era credenciada por alguma federação ou se havia plano de voo.
Investigação e identificação
A Polícia Científica de Goiás foi acionada para conduzir a perícia e levantar elementos que possam esclarecer as circunstâncias exatas do acidente. Até a última atualização desta reportagem, a identidade do piloto não havia sido oficialmente divulgada, e os familiares ainda não haviam se pronunciado. A liberação do corpo deve ocorrer após exames complementares no Instituto Médico Legal (IML).
A equipe de reportagem tentou contato com os órgãos responsáveis pela investigação, incluindo a PMGO, o CBMDF e a Polícia Civil, para apurar se havia testemunhas presenciais, imagens de câmeras de segurança da região ou qualquer outro elemento que ajude a elucidar o caso. Até o momento, as respostas seguem pendentes.
Repercussão e alerta
O caso reacende o debate sobre a segurança na prática de esportes aéreos em áreas urbanas ou próximas a vias de tráfego intenso, como a BR-040, que liga Brasília a Belo Horizonte e registra altos índices de circulação de veículos leves e pesados. A proximidade com centros comerciais, como o shopping atacadista e a loja onde o acidente foi registrado, ampliou a comoção entre frequentadores e comerciantes locais, que assistiram à movimentação das equipes de resgate e da perícia.
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